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A encruzilhada dos acessos ao Porto de Santos

porto de santos

A crescente demanda por transporte de cargas entre a região metropolitana de São Paulo e o Porto de Santos tem gerado preocupações significativas, especialmente em relação à capacidade do sistema Anchieta-Imigrantes de lidar com o aumento do tráfego. Com projeções indicando que essa via estará saturada até 2030, o Porto de Santos precisará de novos acessos rodoviários.

Como todos sabem, o Porto de Santos é o maior porto da América Latina e desempenha um papel crucial no comércio exterior brasileiro. Responsável por uma parcela significativa das exportações e importações do país, sua operação eficiente é vital para a competitividade e o desenvolvimento econômico. No entanto, o acesso terrestre ao porto tem sido um desafio crescente devido ao aumento significativo do volume de carga.

O aumento do tráfego de veículos de carga está provocando congestionamentos cada vez mais frequentes e tempos de viagem prolongados. Essa situação é insustentável e exige medidas rápidas para evitar impactos negativos na economia e na logística regional, considerando que uma terceira rodovia deve demorar pelo menos dez anos para sair do papel, considerando a necessidade de elaboração dos projetos de engenharia, licenciamento ambiental, licitação e construção.

A situação só não é mais dramática pois a infraestrutura ferroviária em Santos terá uma forte expansão nos próximos anos, com os investimentos da FIPS (Ferrovia Interna do Porto de Santos) e da MRS. A FIPS, que é uma associação dos operadores ferroviários, investirá dentro da área poligonal do Porto na ampliação das linhas ferroviárias, dos pátios de manobras e na implantação de uma pera ferroviária essencial para destravar a movimentação na margem direita. A MRS, por sua vez, realizará os investimentos de expansão na capacidade de movimentação das linhas, conhecidas como Ferradura, que conectam os sistemas da Malha Paulista e da Cremalheira a FIPS. Em função disso, a capacidade atual do sistema ferroviário deverá dobrar, passando de 50 para 100 milhões de toneladas anuais.


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Embora uma terceira rodovia, possivelmente associada a uma nova opção ferroviária no futuro, seja a única maneira de garantir o aproveitamento integral do potencial do Porto de Santos como uma das melhores opções logísticas de escoamento de mercadorias, sua implementação está atrasada e enfrentará desafios técnicos, financeiros e ambientais. É essencial conduzir estudos de viabilidade detalhados e envolver todas as partes interessadas, incluindo os governos, a indústria e a comunidade local, para garantir que a solução proposta seja viável e sustentável a longo prazo.

O acesso rodoviário eficiente ao Porto de Santos é fundamental para o crescimento econômico e a competitividade do Brasil no cenário global. Diante da iminente saturação do sistema Anchieta-Imigrantes, a construção de uma terceira rodovia emerge como um projeto que precisa ser abraçado por todos, sob pena de termos uma logística mais custosa. Não há mais tempo a perder!

Autor

  • Fernando Biral

    Formado em Administração de Empresas pela EAESP/FGV, Fernando Biral é um experiente executivo financeiro especializado em Infraestrutura e Logística. Além de certificado pelo CFA Institute (CFA®️ Charterholder), possui mestrado pela Universidade Politécnica de Valência em Gestão Logística, onde defendeu tese sobre privatização de ativos de infraestrutura. Iniciou sua carreira em 1994, tendo atuado como CEO, CFO e consultor de estratégia e finanças em várias companhias, destacando-se o período de 2019-2023, onde atuou como CFO e CEO do Porto de Santos (Autoridade Portuária). Foi responsável por mais de 20 projetos de reestruturação e planejamento financeiro em diversas organizações como Constellation Oil Services, Grupo Pão de Açúcar, Embratel, Banco do Brasil, Vale, Minerva Foods, Vigor, entre outras. O executivo foi professor da FIA-USP, no curso de pós-graduação Latu Sensu, na área de Recuperação Judicial e Fusões e Aquisições. Desde 2023 atua como sócio da Mapa Capital, uma empresa de gestão de participações e soluções de capital, e também como VP de Finanças da MRO Ativa, empresa líder em serviços logísticos.

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