As condições climáticas de fortes ventos e chuvas indicam que o piloto Luiz Galeazzi errou ao tomar a decisão de decolar com um avião de pequeno porte no caso do acidente aéreo que deixou 10 pessoas mortas em Gramado (RS), no domingo (22). Isso é o que avalia o perito aeronáutico Daniel Calazans, em entrevista nesta segunda-feira (23) ao programa Poder Expresso, do SBT News.
“A avaliação das condições fica a critério do piloto, contudo precisamos deixar claro que esse critério é estabelecido por normas, então o piloto precisa fazer uma avaliação e ver se as condições climáticas estão dentro das regras regulamentares. Isso não é tem que ficar a ‘bel-prazer’ do piloto, tem que cumprir os regulamentos. As autoridades vão investigar melhor, mas, pelas imagens, o Aeroporto de Canela (RS) não tinha condições de operar naquele momento. É um aeroporto que não é equipado com alguns instrumentos e só funciona com condições visuais. E tudo indica que não havia essas condições visuais para realizar os pousos e decolagens”, detalhou o perito.
O avião de pequeno porte do modelo Piper Cheyenne 400, que tinha como destino final Jundiaí, no interior de São Paulo, caiu logo após decolar do Aeroclube de Canela, na Serra Gaúcha, na manhã de domingo. De acordo com a Brigada Militar, a queda do avião ocorreu por volta de 9h30, na altura da Avenida das Hortênsias, esquina com a Rua Ema Ferreira Bastos, uma das principais vias da cidade.
A aeronave atingiu pelo menos quatro edificações: primeiro a chaminé de um prédio e, em seguida, uma casa de dois andares – onde havia apenas um ocupante, que não teve ferimentos. O pior impacto foi em uma loja de móveis, que ficou completamente destruída, mas estava fechada. Por último, foi atingida uma pousada.
A aeronave era de propriedade do empresário Luiz Galeazzi, que também estava pilotando o avião. Todas as 10 pessoas que estavam voando morreram. Ninguém ficou ferido nos edifícios atingidos. Assista a entrevista completa com o perito aeronáutico Daniel Calazans:
*Do SBT News
