O Governo Federal recepcionou neste sábado (24) mais 103 brasileiros repatriados dos Estados Unidos. O grupo desembarcou no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), no Aeroporto Internacional de Fortaleza, como parte da estratégia nacional de retorno seguro de cidadãos em situação de vulnerabilidade no exterior.
Segundo a Secretaria de Comunicação do governo, 38% está na faixa etária entre 18 e 29 anos. Entre os passageiros, 90 são homens e 13 mulheres. Três pessoas com pendências judiciais foram mantidas sob custódia da Polícia Federal. Outros 76 seguiram para Minas Gerais, em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino ao Aeroporto Internacional de Confins.
A ação envolveu articulação entre ministérios e órgãos federais, com apoio dos governos estaduais do Ceará e de Minas Gerais, além das concessionárias que administram os terminais aéreos. O acolhimento incluiu distribuição de kits de higiene, alimentação, apoio psicossocial e orientação para acesso a serviços públicos como SUS, SUAS e Defensoria Pública da União.
Casos considerados de maior vulnerabilidade – como idosos, pessoas com deficiência ou pertencentes à população LGBTQIA+ – receberam acompanhamento especializado. Para quem não possui moradia imediata, o governo oferece abrigo temporário com alimentação e transporte terrestre custeado até a cidade de origem, em parceria com a ANTT.
Repatriações em curso
Com a operação deste sábado, o Brasil soma 783 repatriados entre fevereiro e maio deste ano. As ações são coordenadas por órgãos do Governo Federal e ocorreram nos dias 7 e 21 de fevereiro, 15 e 28 de março, 11 e 25 de abril, além de 9 e 24 de maio.
Ao todo, 616 homens, 155 mulheres e 12 pessoas sem identificação de gênero já retornaram ao país neste ciclo de repatriações. A maioria veio dos Estados Unidos.
Discurso oficial
O secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Bruno Teixeira, classificou a operação como um dever de Estado. “Temos garantido um acolhimento seguro, humanizado e célere para que as pessoas voltem para suas casas em segurança. O Brasil é dos brasileiros”, afirmou.
Ricardo Collar, diretor da mesma secretaria, reforçou a perspectiva de reintegração social e profissional dos repatriados. “É aqui que está o seu futuro. Esperamos que todos se reencontrem com suas famílias e retomem suas vidas com dignidade”, declarou.