A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, na última terça-feira (20), a comercialização, fabricação, distribuição, propaganda, importação e uso dos azeites das marcas Alonso e Quintas D’Oliveira em todo o Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e tem como base denúncias encaminhadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
De acordo com a Anvisa, os produtos apresentavam origem desconhecida, operavam em instalações sem conformidade sanitária e não possuíam licença ou registro no Ministério da Saúde. Também foram identificadas irregularidades de rotulagem, o que compromete a segurança alimentar dos consumidores.
As fraudes envolvendo azeite de oliva são uma preocupação constante das autoridades brasileiras. O produto ocupa o segundo lugar no ranking dos alimentos mais fraudados do mundo. Essas práticas enganam o consumidor, colocam a saúde em risco e prejudicam os produtores que seguem a legislação.
Como identificar um azeite de má qualidade?
- Data de fabricação e de validade: o azeite deve ter data de envase recente e a validade de até dois anos se fechado;
- Armazenamento: o azeite deve estar longe da luz e do calor;
- Embalagem: observe se a parte em volta da tampa está vedada e sem entrada de ar. O mais confiável é quando o azeite está dentro de uma garrafa de vidro de cor escura, protegendo até mesmo da luz. Evite azeite a granel;
- Composição: deve constar apenas “azeite de oliva” na lista de ingredientes, sem outros óleos adicionados;
- Preço: a produção de azeite de qualidade é cara. Desconfie de preços muito baixos;
- Marca: dê preferência a marcas conhecidas, com selos de qualidade e registro no Mapa;
- Rotulagem: desconfie de embalagens com informações vagas sobre a origem do azeite, ou se houver ingredientes incomuns;
- Coloração e aroma: verifique se o produto é “extra virgem”, a categoria de maior qualidade.O azeite extra virgem costuma ter coloração verde escura ou amarelada, e seu aroma deve lembrar frutas, ervas ou flores;
- Acidez: um bom azeite tem acidez menor que 0,8%. Isso pode estar indicado no rótulo.
O que fazer em caso de suspeita?
Se você encontrar produtos suspeitos ou acredita ter comprado um azeite adulterado, é possível fazer uma denúncia pelo canal oficial do governo, o Fala.BR, mantido pelo Ministério da Agricultura.
Além disso, o próprio Ministério divulga periodicamente listas de marcas irregulares. Consultá-las antes da compra pode evitar prejuízos e riscos à saúde.