O cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido popularmente como Oruam, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (26) por abrigar em sua casa um foragido da Justiça. Os agentes estavam cumprindo dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao artista e à mãe dele, Márcia Nepomuceno.
Durante o cumprimento dos mandados os políciais encontraram na mansão dele, no Joá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o traficante Yuri Pereira Gonçalves, que era procurado por organização criminosa. Com ele havia uma pistola 9 mm com kit-rajada e munição.
Oruam é investigado por um disparo de arma de fogo em um condomínio residencial na cidade de Igaratá, no interior de São Paulo, em 16 de dezembro de 2024. Segundo a polícia, ele foi indiciado por “ter colocado em risco a integridade física de diversas pessoas” que estavam no condomínio na hora do disparo.
O objetivo da operação é localizar e apreender a arma utilizada por Oruam, assim como outros materiais que ajudem a identificar o proprietário do equipamento. Durante as buscas na casa do músico, os policiais informaram que encontraram um foragido da Justiça pelo crime de organização criminosa. Ele foi preso.
Quem é Oruam?
Filho do traficante Marcinho VP, líder do Comando Vermelho (CV), Oruam é um dos principais nomes do rap e trap nacional atual. Aos 23 anos, o músico, que se destaca pelo estilo de vida ostentador, tem mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
Oruam vem se envolvendo em polêmicas desde 2024, quando pediu a liberdade do pai – condenado a 44 anos de prisão por tráfico de drogas e homicídios – durante uma apresentação no festival de música Lollapalooza. À época, ele foi duramente criticado, mas se explicou dizendo que havia feito apenas um “desabafo”.
Continua após a publicidade
“Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Não tentem tirar de uma pessoa o direito de reivindicar condições melhores para o seu pai, e nem de querer vê-lo em liberdade”, disse o músico.
Oruam voltou aos holofotes neste ano, ao ter seu nome em um projeto de lei protocolado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Conhecido como “Lei anti-Oruam“, o texto prevê a proibição do uso de recursos públicos para contratar shows de cantores que supostamente fazem apologia ao crime.