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Saiba quanto tempo uma pessoa pode ficar doente com dengue

Sintomas costumam agir entre 3 e 15 dias, mas cuidado para não confundir com a gripe; entenda as diferenças
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Ela chega silenciosa, muitas vezes confundida com uma gripe forte, mas pode ficar no corpo por até quinze dias, e no sangue, até o sexto. A dengue, causada por um vírus da família Flaviviridae, continua circulando pelo Brasil, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Em 2025, o país já ultrapassou 1 milhão de casos prováveis da doença, exigindo atenção redobrada.

Após a infecção, os sintomas — como febre alta, dor no corpo, náuseas e manchas na pele — costumam surgir entre 3 e 15 dias. Embora muitos quadros sejam leves, há risco de evolução para a forma grave, a Febre Hemorrágica da Dengue, com sangramentos, queda de pressão e até choque. O perigo é maior em reinfecções por diferentes sorotipos do vírus.

A pessoa infectada pode transmitir o vírus até o sexto dia da doença, quando ele ainda circula no sangue. A imunidade adquirida vale apenas para o sorotipo contraído, e a proteção cruzada é temporária. Isso explica por que infecções sucessivas, como a recente volta do sorotipo 3, preocupam especialistas e elevam os riscos à saúde pública.

Mosquito da dengue ou pernilongo? Saiba como diferenciar insetos

Um dos principais aspectos que distingue o Aedes aegypti dos outros mosquitos é a presença de listras brancas no tronco, cabeça e pernas. O tamanho corporal dos mosquitos também pode ajudar a diferenciá-los. Enquanto o Aedes aegypti tem em média cerca de 2 cm, o Culex quinquefasciatus – pernilongo comum – tem 4 cm.

Os insetos também agem em horários diferentes. O Aedes desperta com o nascer do sol e procura por alimento geralmente nas primeiras horas da manhã. Já o pernilongo comum, que tende a permanecer atrás de armários e sofás, por exemplo, sai do “repouso” no fim da tarde, com pico de atuação por volta da 00h até a manhã do dia seguinte.

“Se um mosquito picar você em casa à noite, em uma cidade, por exemplo, há 99% de chance de ser um Culex quinquefasciatus, conhecido como ‘pernilongo comum’ ou ‘muriçoca’. O Aedes aegypti pica majoritariamente de dia porque o ciclo circadiano dele aponta a noite como momento de repouso”, explica a curadora da Coleção Entomológica do Instituto Butantan, Flávia Virginio, ao SBT News.

Apesar de agirem em horários diferentes, tanto as fêmeas do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, quanto as do Culex quinquefasciatus vivem à base de sangue humano, porque o líquido é essencial para nutrir seus ovos. As fêmeas também são atraídas por “cheiros” e gases, captados através de quimiorreceptores nas antenas.

“Como os humanos, quando sentem o ‘cheiro’ de suor, entendem que há vida ao redor e se aproximam para tentar se alimentar. É a mesma coisa quando sentimos cheiro de um bife na grelha e temos vontade de comer”.

Dengue tem cura? Veja como prevenir e remediar

Dengue tem cura? A resposta não é tão simples: não há um medicamento específico, mas com hidratação, repouso e orientação médica, a maioria dos pacientes se recupera bem. O mais eficaz, no entanto, é não adoecer — e isso começa com a prevenção dentro de casa. Evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti ainda é a forma mais poderosa de defesa.


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Água parada é o berço do mosquito, por isso cada tampinha de garrafa ou pratinho de planta pode se tornar uma ameaça invisível. Vasos, caixas-d’água, pneus, calhas, piscinas e até a bandeja da geladeira precisam de atenção. Manter tudo limpo, seco e coberto é mais que cuidado: é uma ação de saúde pública.

Além disso, roupas que cubram a pele, repelentes e mosquiteiros ajudam a evitar picadas, especialmente durante surtos. Há também uma vacina aprovada no Brasil, disponível apenas na rede privada, indicada para quem já teve dengue. O Ministério da Saúde estuda novas alternativas para ampliar a imunização no futuro.

Enquanto isso, a participação da população segue sendo decisiva. Manter quintais limpos, dar descarga em banheiros pouco usados e permitir a entrada de agentes de saúde são atitudes simples, mas fundamentais. A dengue não espera, e a prevenção precisa ser constante, colaborativa e consciente, todos os dias.

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis em 2025

De janeiro até agora, o Brasil já soma 1.010.833 casos prováveis, com 668 mortes confirmadas e 724 ainda sob investigação. O coeficiente de incidência é de 475,5 casos para cada 100 mil habitantes. Embora alto, o número representa uma queda expressiva em comparação a 2024, ano da pior epidemia registrada no país.

Naquele período, o Brasil havia ultrapassado 4 milhões de casos e registrado quase 4 mil mortes no mesmo intervalo. Segundo o Ministério da Saúde, a redução de mais de 75% nos registros e 82% nos óbitos é vista como um avanço. Ainda assim, a vigilância segue ativa, pois o risco de uma nova escalada permanece.

Neste ano, os casos se concentram principalmente entre jovens de 20 a 29 anos, embora adultos de até 59 também representem boa parte das notificações. Mulheres correspondem a 55% dos infectados, e a maioria dos pacientes é branca ou parda. O Estado de São Paulo lidera em números absolutos e em incidência. Os dados são da Agência Brasil.

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