A plataforma de vídeos YouTube realizou uma mudança silenciosa em sua política de moderação, permitindo que vídeos com temas polêmicos, incluindo desinformação e discurso de ódio, possam permanecer na plataforma com maior frequência. A descoberta foi feita pelo jornal norte-americano The New York Times, que revelou que o limite para conteúdos controversos foi ampliado de 25% para 50%.
A decisão foi tomada em relação a vídeos que o YouTube considera agora como sendo de “interesse público”, o que inclui debate em eleições, movimentos, etnias, gênero, imigração, entre outros tópicos.
Essa alteração segue uma tendência iniciada por outras grandes redes sociais, como Facebook, Instagram e o X (antigo Twitter), especialmente após o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Entretanto, diferente dessas plataformas, o YouTube não divulgou nenhuma nota oficial anunciando a mudança em suas diretrizes.
Debate sobre moderação e liberdade de expressão
No primeiro trimestre de 2025, o YouTube removeu 192.586 vídeos por conterem conteúdo abusivo e discurso de ódio, um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2024. Com as novas regras, especialistas e usuários acompanham atentos para entender se esse número sofrerá alterações significativas, indicando uma moderação mais flexível.
A mudança levanta um debate importante sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e a necessidade de proteger usuários contra desinformação e discurso de ódio. À medida que o YouTube e outras plataformas tentam se adaptar às demandas de seus públicos, cresce a pressão para que políticas mais transparentes sejam implementadas.