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Como IA generativa e gamificação transformou a rotina de alunos e professores no ensino fundamental?

A tecnologia de Inteligência Artificial (IA) foi incorporada ao ambiente de aprendizagem, que agora aposta em uma interface gamificada.
IA nas escolas

Lançada em abril deste ano, a nova versão da plataforma da Aprimora se tornou a primeira ferramenta brasileira de Língua Portuguesa e Matemática voltada para estudantes a utilizar inteligência artificial generativa. A tecnologia foi incorporada ao ambiente de aprendizagem, que agora aposta em uma interface gamificada, acessível e centrada no protagonismo do aluno.

Batizada de M.A.R.I.A. (Módulo de Assistência Remota com Inteligência Artificial), a nova assistente virtual foi integrada à plataforma com o objetivo de apoiar os estudantes no esclarecimento de dúvidas, na resolução de questões e na personalização da jornada de aprendizado. Desenvolvida com engenharia de prompt que restringe pesquisas abertas, a M.A.R.I.A. direciona os alunos sem entregar respostas prontas, estimulando autonomia.


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A versão 5.0 do Aprimora apresenta um novo design: a cabine de controle de um submarino. Cada ano escolar é representado como uma ilha temática que deve ser explorada. A conclusão dos desafios libera opções de personalização, o que reforça a individualização do percurso e mantém o engajamento. A proposta contempla também elementos de acessibilidade, como LIBRAS, alto contraste e ajustes de fonte.

Na avaliação de Martin Oyanguren, CEO do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, área de negócios da Positivo Tecnologia dedicados à educação, a plataforma a base da IA oferece mais do que apenas uma atualização digital: “Não estamos apenas lançando uma versão do Aprimora, mas sim uma jornada única de aprendizado em que a tecnologia está inserida de forma a potencializar o estudo, sem diminuir a necessidade do usuário buscar as informações”.

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Plataforma do Aprimora (Foto: Divulgação)

Na prática, o Aprimora 5.0 já tem provocado mudanças no cotidiano de escolas que adotaram a ferramenta. De acordo com a professora Carla Barros, do Colégio Adventista de Pinhais (PR), a atuação da MARIA tem otimizado o planejamento dos docentes e permitido uma abordagem mais personalizada dos conteúdos. “A presença do Aprimora e da assistente virtual Maria impactou positivamente a rotina dos professores em sala de aula”, afirma.

Limites da tecnologia e papel insubstituível do professor

Para a professora, a IA tem contribuído para adaptar o ensino ao ritmo de cada estudante, oferecendo reforço imediato para alunos com dificuldades e desafios adicionais para aqueles que apresentam maior facilidade. A tecnologia permite que a diferenciação pedagógica, antes difícil de ser aplicada em turmas numerosas, se torne mais viável e eficaz.

Apesar dos avanços, a professora pondera que a inteligência artificial ainda não substitui a prática docente. “A IA pode oferecer trilhas adaptativas, identificar padrões de erro e sugerir conteúdos de reforço, mas não consegue captar aspectos subjetivos e emocionais que impactam a aprendizagem”, observa. Para ela, a escuta, a empatia e o vínculo estabelecido em sala de aula continuam sendo insubstituíveis.

Além dos recursos voltados ao estudante, a nova versão do Aprimora oferece ferramentas inéditas para professores e gestores escolares. Com acesso a gráficos e indicadores de desempenho, os profissionais da educação conseguem monitorar o progresso dos alunos com mais precisão e identificar pontos de melhoria por nível de ensino.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista de profundidade, autor do livro A Teoria de Tudo Social: Democracia LTDA., ambicioso por política e debates

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