Iniciado no último sábado (18), o desassoreamento do Rio Preto, em Peruíbe, vai limpar 3 km do curso d’água. A ação tem como principal objetivo retirar sedimentos, melhorando o escoamento das águas pluviais e reduzindo o risco de alagamentos que afetam a cidade, especialmente durante as chuvas fortes.
De acordo com o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (SigRH), o trabalho está sendo executado pela SP Águas, órgão estadual de recursos hídricos, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), com apoio de uma força-tarefa.
Para agilizar o processo, que normalmente levaria entre 10 a 15 dias para ser iniciado, as equipes conseguiram mobilizar os equipamentos em apenas quatro dias. As máquinas foram transportadas desmontadas por caminhões, que saíram de diversas regiões do estado até Peruíbe para realizar a operação.
Dentre os maquinários utilizados estão uma escavadeira e uma barcaça montada no local, permitindo a retirada eficiente dos sedimentos do fundo do rio. O diretor da SP Águas, Nelson Lima, esteve em Peruíbe na segunda-feira (20) para inspecionar o andamento do trabalho e definir os próximos passos.
“Fizemos todo o levantamento do fundo do rio, a parte topográfica, e trouxemos os equipamentos necessários. O nosso principal objetivo é mitigar os impactos causados no entorno do rio por conta das fortes chuvas e seguir com o trabalho técnico que é essencial para mapear os locais mais importantes e que necessitem de ações”.
Ajuda humanitária
Mais de 30 toneladas de ajuda humanitária às famílias afetadas pelas chuvas em Peruíbe foram enviadas pela Defesa Civil e pelo Fundo Social do Estado, após um temporal deixar cerca de 500 desabrigados.
Os materiais incluem cestas básicas, colchões, itens de higiene, roupas e brinquedos. O decreto de situação de emergência já foi homologado para agilizar as ações de apoio.
Durante as operações de resgate, cerca de 100 animais foram salvos pelas equipes, incluindo um cavalo chamado “Caramelo de Peruíbe”. O animal foi colocado sobre a laje de uma casa por sua tutora, para se proteger das águas. Os animais resgatados receberam ração e água dos agentes para garantir seu bem-estar.