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PGR se posiciona contra vínculo trabalhista entre motoristas e aplicativos no STF

Paulo Gonet apresentou parecer em ação sobre a “uberização” e defendeu que não há relação de emprego entre plataformas e condutores
PGR se posiciona contra vínculo trabalhista entre motoristas e aplicativos no STF (Foto: Unsplash)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (30), parecer contrário ao reconhecimento de vínculo trabalhista entre motoristas e plataformas digitais de transporte. O documento foi protocolado em um dos processos que discutem a chamada “uberização” e que está na pauta de julgamento desta quarta-feira (1º), sob a presidência do ministro Edson Fachin, com potencial de fixar parâmetro para milhares de ações semelhantes em todo o país.

No parecer, a PGR defende que a atividade dos motoristas se enquadra em um modelo contemporâneo de prestação de serviços, protegido pelo princípio da livre iniciativa, e não nos moldes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O caso teve início com pedido de uma motorista pelo reconhecimento do vínculo e pagamento de verbas trabalhistas.

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) deu ganho de causa à autora e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve, em parte, a decisão, reconhecendo a chamada “subordinação algorítmica”, quando o controle da atividade se dá por meio do aplicativo.

Procurador-Geral da República, Paulo Gonet na sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
Procurador-Geral da República, Paulo Gonet na sessão plenária do STF (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Autonomia dos motoristas

Para a PGR, embora a Uber organize o transporte, defina preços, receba pagamentos e repasse valores aos condutores, não estão presentes os elementos típicos da subordinação tradicional. O órgão argumenta que os motoristas têm autonomia para se conectar ou não ao sistema, afastando o vínculo nos termos da legislação trabalhista.

O parecer também aponta que a “uberização” criou alternativas de renda, mas acarretou jornadas longas, remuneração variável e ausência de proteção social. Na ótica do órgão, eventuais normas específicas para o setor devem ser discutidas e definidas pelo Congresso Nacional.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista formado em junho de 2025, atuando desde 2023 com foco em reportagens de profundidade, gestão de projetos, fotografia e pesquisa. Autor de obra sobre temas sociais e políticos, com análise crítica da democracia e da sociedade.

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