Nesta quinta-feira (19), as criptomoedas registraram uma forte desvalorização, com o Bitcoin caindo abaixo de US$ 98.000, pressionado pela postura mais conservadora do Federal Reserve (Fed) sobre o alívio monetário para 2025. A perspectiva menos otimista do banco central norte-americano afetou o apetite ao risco no mercado, desencorajando investidores em ativos digitais.
Bitcoin hoje
De acordo com a Binance, o Bitcoin recuou 6,41% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 97.157,01 até as 16h42 (horário de Brasília). Já o Ethereum despencou 11%, cotado a US$ 3.432,59 no mesmo intervalo. Ambas as moedas estão distantes de seus picos históricos, reforçando a pressão negativa no mercado.
El Salvador e o impacto das exigências do FMI
Outro fator que contribuiu para o pessimismo foi o anúncio de novas restrições à adoção do Bitcoin em El Salvador, como parte das condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para concessão de um empréstimo. Segundo o FMI, o governo salvadorenho terá de limitar o uso da criptomoeda, tornando a aceitação do Bitcoin pelo setor privado opcional e restringindo o uso público.
Além disso, impostos só poderão ser pagos em dólares americanos, e a participação do governo na carteira digital Chivo será gradualmente reduzida. Essas mudanças visam minimizar os riscos associados ao projeto Bitcoin no país, de acordo com o comunicado oficial do FMI.
Hackers norte-coreanos roubaram US$ 1,34 bilhão
Outro elemento negativo no cenário das criptomoedas foi um estudo divulgado pela Chainalysis, que revelou que hackers norte-coreanos roubaram US$ 1,34 bilhão em ataques a ativos digitais neste ano, representando dois terços dos ataques globais. Esse é o maior montante já registrado em fraudes desse tipo, segundo o relatório citado pelo Financial Times.
A combinação de fatores macroeconômicos, desafios regulatórios e questões de segurança reforça o momento delicado para as criptomoedas, levantando dúvidas sobre a possibilidade de uma recuperação consistente ainda em 2024.