As nove cidades da Baixada Santista somam 191 favelas, de acordo com novos dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Cerca de 313 mil pessoas vivem nessas áreas, representando 17,3% da população total da região, que é de 1.805.451 habitantes.
A maior favela da Baixada Santista é a Vila Esperança, em Cubatão, com 17.040 moradores. Cubatão também ocupa o segundo lugar no ranking regional com a Vila dos Pescadores, que tem 9.838 habitantes. No estado de São Paulo, essas comunidades aparecem em 9º e 19º lugar, respectivamente.
Embora Cubatão tenha as maiores favelas em número de habitantes, Guarujá é a cidade com o maior número desses núcleos – com 55 comunidades. Cerca de 36,8% da população de Guarujá vive em favelas, colocando a cidade em 12º lugar no ranking estadual e em 44º no ranking nacional.
São Vicente aparece em segundo lugar no número de favelas da Baixada, com 38 comunidades, seguido por Bertioga, com 24. O Dique da Vila Gilda, em Santos, considerado a maior favela de palafitas do país, ocupa o 22º lugar entre as maiores favelas de São Paulo, com 7.353 moradores.
Mongaguá é o único município da região que não possui áreas de favelas.
No Brasil, o Censo contabilizou 12.324 favelas, abrigando 16.390.815 pessoas – aproximadamente 8,1% da população nacional.
Confira as porcentagens de habitantes das favelas da Baixada:
- Guarujá – 37%, cerca de 106 mil
- Cubatão – 33%, cerca de 37 mil
- São Vicente – 26%, cerca de 86 mil
- Bertioga – 26%, cerca de 17 mil
- Santos – 11%, cerca de 46 mil
- Praia Grande – 6%, cerca de 21 mil
Ainda de acordo com o levantamento, o número corresponde a 0% nas cidades de Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe.
Além da região
A pesquisa do Censo 2022 do IBGE revelou, ainda, que existem 12.348 comunidades no Brasil, onde vivem aproximadamente 16,4 milhões de pessoas, o que representa 8,1% da população total. O número representa um aumento significativo em relação a 2010, quando havia 6.329 favelas e 11,4 milhões de residentes, cerca de 6% da população.
As favelas mais populosas estão distribuídas entre várias regiões metropolitanas, sendo a Rocinha, no Rio de Janeiro, a maior delas, com 72.021 moradores.
O perfil demográfico das favelas difere do país em aspectos como idade e composição racial. A população é mais jovem, com idade mediana de 30 anos, e há uma maior concentração de pessoas pardas e pretas, correspondendo a 56,8% e 16,1%, respectivamente, em contraste com 45,3% e 10,2% do total nacional.
No quesito infraestrutura, a maioria dos domicílios em favelas tem acesso à rede de água (86,4%) e esgoto (74,6%), embora a cobertura ainda seja inferior à média nacional. Em termos de moradia, a predominância é de casas (93,3%), com apenas 2,8% sendo apartamentos.