A mãe que matou filha e foi presa em flagrante em Leopoldina, na Zona da Mata mineira, foi transferida na quarta-feira (2) para o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena, no Campo das Vertentes. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a mulher foi encaminhada ainda na noite de terça-feira, após ter passado algumas horas no presídio de Leopoldina.
De acordo com a Polícia Militar, ela confessou que dopou a menina de 7 anos, Laura Liz do Patrocínio Lupatini, com um ansiolítico, depois a asfixiou e, em seguida, a esfaqueou no peito e nos pulsos. O crime foi descoberto no início da manhã de terça-feira (1º), depois que o pai da criança recebeu uma mensagem da ex-companheira dizendo que tiraria a vida da filha e dela mesma. Quando a polícia chegou ao local, a menina já havia sido levada pelo avô à Casa de Caridade Leopoldinense, mas não resistiu aos ferimentos.
A mãe também tentou se matar, com cortes nos pulsos e no pescoço, e foi socorrida pelo Samu para o mesmo hospital, onde permaneceu sob escolta policial antes de ser transferida para Barbacena. A motivação do crime, segundo as autoridades, seria a não aceitação, por parte da mulher, do fim do relacionamento com o pai da criança.
Moradores do bairro São Cristóvão, onde mãe e filha viviam, prestaram uma homenagem emocionante à menina na quarta-feira. Amigos, vizinhos e familiares se reuniram na Praça São Cristóvão com balões brancos e fizeram uma despedida com aplausos e lembranças.
O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil. A mulher deixou uma carta e publicou mensagens nas redes sociais com teor de despedida antes do crime. Ela também obrigou a filha a ligar para o pai e dizer que as duas “iriam para o mundo de Neves”, expressão cujo significado não foi esclarecido pela família.