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Cão da PM paulista é o primeiro do Brasil a saltar de paraquedas em treinamento tático

O cão policial Coyote se tornou o primeiro do país a realizar um salto de paraquedas durante um treinamento de intervenção tática.
Cão paraquedista salta em São Paulo (Foto: Reprodução / Agência SP)

O cão policial Coyote, da Polícia Militar de São Paulo, tornou-se o primeiro do país a realizar um salto de paraquedas durante um treinamento de intervenção tática. A ação ocorreu em abril, no município de Boituva, interior paulista, com o pastor belga malinois participando ao lado de operadores do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).

A atividade prepara o animal para atuar em ocorrências onde a entrada aérea seja o único meio de acesso. Até então, apenas o Exército Brasileiro contava com cães treinados para esse tipo de operação.


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Treinamento especializado e atuação estratégica

Coyote, de três anos, integra o Canil da PM localizado na zona norte da capital. De perfil inicialmente agressivo, o animal foi adestrado por profissionais do 5º Batalhão de Policiamento de Choque para desenvolver controle em situações críticas. Segundo o cabo Diego Albuquerque, tutor do cão, o treinamento envolveu fases anteriores como descidas de rapel e adaptação a ruídos e equipamentos.

Durante o salto, o cão manteve o comportamento estável e respondeu bem aos comandos. “Ele estava completamente tranquilo, desde o embarque até o pouso. Isso mostra o nível de preparo”, relatou Albuquerque. A partir de agora, a PM poderá utilizar cães em operações que exijam intervenção rápida por via aérea, ampliando as estratégias táticas da corporação.

Estrutura e cuidados no Canil da PM

O equipamento utilizado por Coyote foi desenvolvido sob medida, respeitando as exigências fisiológicas do animal. As viaturas também são adaptadas para transporte seguro, e os cães passam por rotina constante de pesagem, exames e alimentação controlada.

No Canil, os exercícios são estruturados para estimular o instinto aliado à obediência, sempre com reforço positivo ao final das atividades. O vínculo entre o policial e o animal também é valorizado. Albuquerque já adotou seu antigo parceiro, Ghost, e planeja fazer o mesmo com Coyote quando ele atingir a idade de aposentadoria — geralmente a partir dos oito anos.

Trabalhar com cachorro na PM não é apenas técnica, é confiança mútua. Eles não falham na missão”, concluiu o policial.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista de profundidade, autor do livro A Teoria de Tudo Social: Democracia LTDA., ambicioso por política e debates

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