Mauro Alves de Menezes, conhecido como Carcaça, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), buscou pessoalmente algumas das garotas de programa que participaram da festa na chácara onde ele acabou morto durante um confronto com o Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP), na tarde desta segunda-feira (17), em Indaiatuba (SP).
Carros de luxo, drogas e tiros para o alto
Algumas das mulheres que estavam no local contaram à polícia que foram contratadas por ele, pessoalmente, para o evento. O pagamento já estava acertado: R$ 500 por cinco horas de presença. Algumas foram levadas pelo próprio criminoso, outras chegaram por meio de motoristas de aplicativo.
Além do chefe do PCC e das garotas de programa, a festa também teria contado com convidados que, segundo os depoimentos, aparentavam ter “comportamento suspeito”. Maconha e lança-perfume eram utilizados livremente no ambiente, e alguns dos presentes mencionaram que a festa também serviria para a gravação de um videoclipe.
Ação da PM
Enquanto a festa acontecia, denúncias começaram a chegar à Polícia Militar. Relatos apontavam para movimentação de criminosos armados e até disparos de arma de fogo no local. Foi então que equipes do BAEP foram deslocadas para a chácara.
Os agentes avistaram dois indivíduos armados tentando fugir. Um deles conseguiu escapar pela mata nos fundos da propriedade. O outro, Carcaça, se trancou no banheiro. Quando os policiais tentaram entrar, ele reagiu. O criminoso teria disparado contra a equipe, que revidou.
Policiais localizaram um revólver calibre .38 municiado, que teria sido usado pelo criminoso. Além disso, uma certa quantidade de maconha foi encontrada em um dos bolsos de sua roupa.
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As mulheres que estavam na festa foram levadas para um dos quartos, enquanto os policiais faziam a varredura do local.
Carcaça não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Seu corpo foi levado para perícia e a arma utilizada por ele foi apreendida. Além disso, celulares dos suspeitos também foram confiscados para investigação.
As garotas de programa foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento e liberadas. Já os demais detidos continuam à disposição da Justiça, enquanto as investigações seguem para entender se o evento realmente serviria como ponto de encontro da facção criminosa ou se era apenas um disfarce para outras atividades ilícitas.