Ricardo da Silva, de 51 anos, acusado de matar e carbonizar o corpo de sua ex-companheira, Aneildes Gonçalves de Oliveira, de 52 anos, em Jaguariúna foi preso na manhã desta segunda-feira (3) pela Polícia Militar no bairro Jabaquara, na zona sul de São Paulo.
Segundo o secretário de Segurança Pública de Jaguariúna, Jose Carlos Fernandes, a prisão do acusado foi possível graças a uma denúncia anônima que chegou à Guarda Municipal de Jaguariúna. “Tendo chegado ao meu conhecimento, através de denúncia anônima, conseguimos entrar em contato com Serviço de Inteligência da Rota, que conseguiu realizar a prisão do suspeito. Ele foi apresentado ao 26º Distrito Policial de São Paulo e também é principal suspeito de matar sua filha em Guarulhos”, disse Fernandes.
O homem foi localizado pela Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) após a denuncia anônima. No momento da abordagem Ricardo estava portando os documentos da vítima, Aneildes Gonçalves. Ele foi indiciado foi indiciado por homicídio qualificado e feminicídio.
“Ele será encaminhado ao sistema penitenciário e deve responder pelo crime de feminicídio, agravado pelo uso de meio cruel. A ação reforça a importância da cooperação entre forças policiais de diferentes regiões para a resolução de crimes de grande impacto social”, completou o secretário.
O caso
A Justiça havia decretado a prisão preventiva de Ricardo da Silva, que estava foragido desde dezembro do ano passado, após o crime brutal que chocou a cidade e ganhou repercussão nacional. O corpo de Aneildes foi encontrado carbonizado em uma área afastada do centro de Jaguariúna no dia 7 de dezembro.
As investigações apontaram Ricardo como o principal suspeito após a coleta de provas, incluindo imagens de câmeras de segurança e registros de compras. O acusado teria alugado um veículo em seu nome e, em seguida, comprado gasolina em um posto de combustíveis no bairro Cruzeiro do Sul. Essas evidências foram cruciais para a conclusão do inquérito policial, que indicou o envolvimento direto dele no feminicídio.
Aneildes, residente de Artur Nogueira, teria marcado um encontro após receber informações sobre o possível paradeiro de sua filha, de 15 anos, desaparecida desde abril. Apesar das buscas contínuas, a jovem ainda não foi localizada, e não há confirmações sobre uma possível conexão entre o desaparecimento e o homicídio.