Um surfista francês, de 44 anos, morreu após se afogar na Praia da Aparecida, em Santos, na Baixada Santista, no último sábado (5). Por volta de 18h, em local próximo ao Canal 5, os surfistas retiraram da água Nicolas Paul Marcel Deniaud, mas ele não resistiu.
O Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) informou que encontrou o surfista na zona de arrebentação, onde as ondas se quebram com força. Além disso, a Guarda Civil Municipal (GCM) acionou os bombeiros após receber o alerta de banhistas que viram a prancha parada no mar.
Ao chegarem ao local, os surfistas localizaram o corpo e o trouxeram até a faixa de areia. Um guarda-vidas prestou os primeiros socorros e tentou reanimá-lo, mas o homem perdeu os sinais vitais antes da chegada da ambulância. Segundo o GBMar, o surfista estava com uma aliança e um relógio.

Os bombeiros continuaram com os procedimentos de reanimação e o levaram ao Pronto Socorro (PS) da Zona Leste. No hospital, a equipe médica confirmou o óbito. O caso foi registrado como morte suspeita na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as circunstâncias da morte estão sendo investigadas. Não há, por enquanto, indícios de ferimentos externos ou causas além do afogamento.
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Surfista francês foi encontrado na ‘zona de arrebentação’; entenda
Os surfistas avistaram uma prancha parada na zona de arrebentação, se aproximaram e encontraram Nicolas desacordado. Ele expelia espuma. Um guarda-vidas iniciou a reanimação cardiopulmonar (RCP) até a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegar.
Conforme um estudo da Universidade Federal Fluminense, a zona de arrebentação é a parte da praia onde as ondas se quebram com força. O Doutor em Oceanografia Biológica, Abilio Soares Gomes, explica que o vento é a principal causa do movimento das ondas. No entanto, maremotos, vulcões e deslizamentos também podem provocar esse fenômeno.
O acidente aconteceu em um fim de semana com alerta de ressaca no litoral, com ondas acima de dois metros. A Marinha e a Defesa Civil haviam recomendado que as pessoas evitassem esportes aquáticos nesse período.