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Recuperação de peixes no Rio Piracicaba pode levar 9 anos, aponta Cetesb

Mais de 2,9 toneladas de peixes já foram retiradas

A prefeitura de Piracicaba criou uma força-tarefa após uma reunião nesta quarta-feira (10/07) para realizar a limpeza do Rio Piracicaba, que foi contaminado de forma irregular. Mais de 2,9 toneladas de peixes já foram retiradas. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e o Ministério Público estão investigando o caso, e uma empresa já foi identificada como responsável pelo despejo.

A Cetesb pontua que, devido aos danos causados, a recuperação da fauna no Rio pode levar quase uma década. A companhia esteve na empresa responsável pela contaminação na manhã desta sexta-feira (12/07), acompanhada por uma equipe da VTV. A usina de açúcar e álcool São José informou, após reunião, que ainda não irá se pronunciar sobre o ocorrido e que emitirá uma nota na próxima semana.

A usina é responsabilizada por um despejo irregular de resíduos agroindustriais na bacia do Ribeirão Tijuco Preto, em Rio das Pedras. Segundo a Cetesb, a multa prevista pelo crime ambiental poderá chegar a até R$ 50 milhões para os responsáveis.

“Esse valor leva em consideração a extensão dos danos causados ao Rio Piracicaba. Pelo menos três gerações da fauna foram perdidas, o que agrava ainda mais a situação”, explicou o diretor de Controle e Licenciamento Ambiental da Cetesb, Adriano Rafael de Queiroz

O caso

Na última segunda-feira (08/07) o VTV News recebeu imagens de pescadores que estavam assustados com a mortandade de peixes no Rio Piracicaba. A rampa pública de barcos, no bairro Nova Piracicaba, foi o local com relatos de situação mais grave, na saída de água da ponte pênsil, na Rua do Porto. Milhares de peixes ficaram amontoados e claramente com dificuldade de respirar. (veja no vídeo abaixo)

A Cetesb começou a investigar e identificou a indústria São José como responsável pela mortandade de peixes. “Recebemos denúncia da mortandade de peixes no domingo. Vimos que essa carga orgânica vinha de um afluente do Rio Piracicaba, a bacia do Ribeirão Tijuco Preto. Posteriormente descobrimos a Usina São José. Os tanques continham elementos de que houve um extravasamento que alcançou a vegetação e o rio, deixando a água com coloração escura, espuma e um nível baixíssimo de oxigênio”, relatou Queiroz.

“Fizemos a coleta da água e estamos conduzindo análises para iniciar o processo administrativo. O relatório final deve ser concluído na próxima terça-feira (16/07) e prevemos aplicação de sanções administrativas bastante severas”, concluiu.

VTV e o VTV News procuraram a Usina São José S/A Açúcar e Álcool e ainda aguardam posicionamento da empresa.

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