A Defesa Civil de Campinas participou do encontro promovido pela Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo para discutir ações de enfrentamento à estiagem. Previsão meteorológica aponta período crítico até 20 de setembro com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. A reunião realizada na manhã desta terça-feira (03), na sede da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) também contou com a presença de representantes dos municípios de Artur Nogueira, Capivari, Cosmópolis, Itatiba, Jaguariúna, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Valinhos e Vinhedo.
Durante a reunião ficou definido que os municípios devem atuar de forma mais integrada. “Além das vistorias preventivas em cada foco de calor registrado pelas imagens de satélite, que é fundamental, também ficou definido apoio ao Corpo de Bombeiros e entre os municípios limítrofes sempre que necessário. Outra questão abordada durante a reunião foram os parâmetros técnicos que devem ser considerados para situações de anormalidade”, contou o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
Em Campinas, durante esse período mais crítico, será mantido o reforço das equipes dos plantões da Operação Estiagem e as máquinas (tratores e retroescavadeira) nas áreas de preservação ambiental para facilitar o acesso e apoio ao Corpo de Bombeiros. Também haverá continuidade da campanha “Pratique a Prevenção” nas redes sociais.
“Nós também contamos com a parceria da população lembrando que colocar fogo na vegetação é crime passível de sanções penais e administrativas. Por isso, caso se depare com uma ação criminosa, denuncie. Ligue para o Disque-denúncias (181) ou para a Polícia Militar (190) ou para a Guarda Municipal (153). Em caso de incêndio ligue para o Corpo de Bombeiros (193), reforçou Furtado.
Alinhamento de parâmetros técnicos
Conforme o capitão Caio Veneziani, da divisão de Preparação da Defesa Civil do Estado, esse é o período mais crítico do ano, a fase vermelha da Operação São Paulo sem Fogo, e é preciso focar na prevenção junto à população, aos gestores de outras pastas para manter todos engajados e envolvidos na mitigação dos problemas.
“Agosto e setembro são sempre meses críticos para a estiagem no Estado de São Paulo, de acordo com nossos registros históricos, e esse ano não é diferente. A ideia do debate hoje, além de alinhar as ações de resposta para minimizar os efeitos dos danos das queimadas, dos incêndios florestais, é não deixar de focar na parte preventiva. Todo incêndio florestal começa com um pequeno foco, e a maioria é de ação humana, seja ela intencional ou não, criminal ou não, esses focos começam com ação humana, então o envolvimento da comunidade nas ações preventivas é muito importante”, colocou o capitão.
Veneziani destacou ainda que além do fogo propriamente dito, a fumaça e a fuligem dos incêndios atingem as comunidades que vivem no entorno. “Há prejuízo para a saúde, sobrecarga nos hospitais devido aos problemas respiratórios, interfere no funcionamento das escolas, os produtores rurais que acabam perdendo seus ativos, enfim, impacta toda a comunidade das regiões atingidas, então é muito importante esse alinhamento, esse afinamento para as ações dos próximos dias”, detalhou.
O encontro também contou com a presença da diretoria da Agemcamp, como o diretor Administrativo, Valdecir Coleta, a diretora técnica, Sandra Lanças e o responsável pela Câmara Temática de Defesa Civil, Sérgio Gomide.