Uma ação de combate a furtos de cabos de fibra ótica, que vinham causando prejuízos e interrupções nos serviços de telefonia na região, foi deflagrada pela Polícia Civil de Praia Grande na terça-feira (12).

A investigação apontou para dois funcionários, de 28 e 32 anos, da TEL Telecom, uma empresa terceirizada da Vivo, como suspeitos de estarem envolvidos em furtos recorrentes de cabos.

Ao longo de meses, a polícia reuniu imagens e evidências circunstanciais que os relacionaram a furtos de cabos de fibra ótica, incluindo um incidente em maio deste ano no bairro Solemar, em Praia Grande.

Na ocasião, após reclamações de clientes sobre a interrupção dos serviços, a Vivo descobriu que 62 metros de cabos haviam sido furtados. Em imagens capturadas, uma equipe da TEL Telecom aparece cortando e retirando cabos.

Com as evidências em mãos, a polícia cumpriu mandados de busca nas residências dos suspeitos, localizadas no bairro Vila Margarida e na Nossa Senhora de Fátima, em São Vicente.

Durante as buscas, foram apreendidos cabos de fibra ótica, cabos de aço, ferramentas e o celular de um dos investigados.

Os suspeitos

Apesar de admitirem que são os funcionários nas imagens, os dois suspeitos negaram a prática de furto. Segundo eles, o material coletado teria sido entregue à empresa, mas essa informação ainda não foi confirmada pela investigação.

A polícia irá periciar o celular apreendido para tentar identificar outros possíveis envolvidos no esquema e potenciais receptores dos materiais furtados.

Os suspeitos devem ser indiciados por furto, conforme o artigo 155 do Código Penal, que prevê punição para quem se apropria de coisa alheia.

A Vivo, ainda, vem enfrentando um grave problema com o roubo de cabos na região, o que afeta diretamente o serviço prestado a seus clientes.

De acordo com a empresa, aproximadamente 3.000 kg de cobre são furtados mensalmente, resultando em significativos prejuízos financeiros e comprometendo o atendimento a milhares de clientes.