A Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar e a Secretaria de Defesa e Organização Social da Prefeitura de São Vicente, realizou nesta terça-feira (04/06) uma força-tarefa em ferros velhos da cidade para combater a receptação de fios e medidores que foram furtados de empresas de telefonia e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Um dos estabelecimentos visitados pertence a Guilherme Silva Peretto, filho do vereador Tiago Peretto (União Brasil), que foi alvo de uma polêmica envolvendo o atendimento médico na cidade no mês passado.
Segundo a polícia, a força-tarefa aconteceu devido a constante subtração de fios e medidores instalados pelas vítimas, cujas ações ilícitas têm causado interrupção dos serviços de natureza essencial e abastecido o mercado paralelo de ferros velhos instalados em São Vicente.
Foram encontrados no local materiais hidráulicos de propriedade da Sabesp, avaliados em R$ 863, e fios de cobre de propriedade da empresa Vivo, avaliados em R$ 6.753. Ainda de acordo com a polícia, Guilherme não apresentou nota fiscal dos produtos. Disse que adquiriu os fios de outros ferros velhos e que os medidores da Sabesp foram descarte de um funcionário da empresa.
Na fachada da loja um letreiro chama a atenção: “Não compramos materiais ilícitos”
Guilherme foi preso em flagrante e levado para a delegacia pelo crime de receptação. Os objetos foram apreendidos e devolvidos para os representantes legais.
Outras polêmicas
No mês passado, o cunhado do vereador Tiago Peretto deu um soco no rosto de um funcionário de um hospital em São Vicente. O fato aconteceu quando o vereador e sua equipe entravam no local para fazer uma denúncia de reclamação sobre o atendimento, quando o controlador de acesso Arnaldo Blume Filho, de 48 anos, impediu a entrada do homem e foi agredido em seguida. (veja no vídeo abaixo)
No ano passado, mais uma polêmica envolvendo o filho do vereador. O Ministério Público e a Polícia Militar investigaram uma agressão a Guilherme, na época com 21 anos, por policiais militares durante uma abordagem.
O caso foi registrado como desobediência e lesão corporal no 2º Distrito Policial (DP) de São Vicente. De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais disseram que desconfiaram do jovem, pois ele apenas abriu e fechou a porta do carro, sem desembarcar. Foi realizada uma busca pessoal e veicular, mas nada de ilícito foi encontrado.