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Família aponta negligência após a morte de idosa no Hospital Municipal de Americana

Segundo a unidade de saúde, o atendimento prestado à paciente seguiu os protocolos médicos estabelecidos

Geni da Costa Rodrigues, de 82 anos, faleceu no último domingo (25) no Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, em Americana. Familiares da idosa apontam negligência durante o atendimento prestado na unidade de saúde.

De acordo com o filho de Geni, Eduardo Miguel Rodrigues, de 51 anos, a mãe estava com um quadro de pneumonia há alguns dias. Ao chegar no Hospital Municipal, a idosa ficou cerca de 12 horas em uma cadeira de rodas enquanto aguardava um leito.

Em entrevista, Eduardo informou que a mãe já estava doente há uma semana e que, no último sábado (24), Geni piorou. Ele acionou uma ambulância que levou a idosa para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Antônio Zanaga, mesmo pedindo que ela fosse encaminhada diretamente para o Hospital Municipal devido ao estado de saúde.

Na UPA, Eduardo foi informado de que o quadro de saúde da mãe era grave, como já suspeitava. Desesperado, ele mesmo fez o transporte da aposentada até o hospital em um carro de passeio.

Ao chegar no local, Geni foi encaminhada direto para a emergência. Como seus sinais vitais estavam estáveis, ela foi colocada em uma cadeira de rodas enquanto aguardava uma vaga em um leito.

Ainda segundo os familiares, durante a espera de cerca de 12 horas, Geni recebeu atendimento e foi medicada, mas sua condição piorou e, como estava muito debilitada, precisaria estar deitada em uma maca.

Após a espera, Geni apresentou um problema no rim e não resistiu, vindo a óbito no domingo (25) pela manhã dentro da unidade hospilar. De acordo com Eduardo, a maca só chegou após muita insistência da família e Geni já estava desfalecendo. “Depois que minha mãe já estava morrendo, veio uma enfermeira e disse que há horas já tinha orientado a tirá-la da cadeira. Foram totalmente negligentes”, relatou.

Os familiares da idosa informaram que ainda não registraram um boletim de ocorrência sobre o caso, pois aguardam o prontuário médico, que ficará pronto dentro de 30 dias.

Outro lado

Em nota, o Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi” reafirma que o atendimento prestado à paciente seguiu os protocolos médicos estabelecidos. Segundo a unidade, a paciente não permaneceu 12 horas aguardando atendimento. “Esse foi o período que ela permaneceu no hospital sendo avaliada, examinada e medicada. A idosa foi acomodada em cadeiras de rodas para facilitar seu deslocamento entre consultórios, coleta de exames e retorno ao médico. Foi ainda solicitado um leito à central de vagas”, relatou.

Ainda de acordo com a nota, o Hospital Municipal lamenta profundamente o falecimento da paciente e expressa sua solidariedade aos familiares.

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