Campinas chegou a 120.593 casos e 84 óbitos por dengue nesta segunda (25) após atualização das estatísticas. A Saúde confirmou cinco novas mortes, mas um registro divulgado anteriormente foi excluído da lista após a revisão de uma declaração de óbito indicar que uma mulher de 85 anos que procurou por assistência na rede privada da metrópole residia em outra cidade da região, onde foi infectada.
O caso foi divulgado em 6 de agosto pela secretaria e os familiares da mulher já foram comunicados da mudança no registro.
Os cinco novos óbitos por dengue confirmados foram:
- Sexo masculino, 82 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Aeroporto. Ele teve início dos sintomas em 20 de maio e o óbito ocorreu em 6 de junho.
- Sexo feminino, 60 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS São Domingos. Ela teve início dos sintomas em 22 de abril e o óbito ocorreu no dia 26 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 72 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Figueira. Ele teve início dos sintomas em 23 de junho e o óbito ocorreu no dia 29 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 52 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS São Bernardo. Ele teve início dos sintomas em 13 de maio e o óbito ocorreu no dia 19 do mesmo mês.
- Sexo masculino, 71 anos, com comorbidades. Atendido na rede privada e morador da área de abrangência do CS Centro. Ele teve início dos sintomas em 23 de maio e o óbito ocorreu em 12 de junho.
A Pasta lamenta e se solidariza com as famílias. O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento em saúde, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes.
Mutirão
A Secretaria de Saúde de Campinas visitou 5,1 mil imóveis no 21º mutirão contra a dengue neste ano. A ação ocorreu na manhã de sábado (23), quando foram visitados comércios e residências em oito bairros: Parque Oziel, Gleba B, Jardim Monte Cristo, Jardim do Lago 2, Jardim Santa Cruz, Jardim Bandeiras 1 e 2, e Jardim São José.
O trabalho reuniu 200 pessoas, incluindo agentes de saúde, voluntários e funcionários da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas. Desde janeiro, este tipo de mobilização já havia contemplado 90 mil imóveis em 140 bairros para remover criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e orientar os moradores sobre a prevenção à doença.
Ao todo, 47,1% dos imóveis estavam inacessíveis por estarem fechados, desocupados ou em virtude do impedimento de moradores. No período entre 19 e 23 de setembro, funcionários da Secretaria de Serviços Públicos retiraram 14,2 mil toneladas de resíduos e limparam 36 bocas de lobo na área do mutirão.
A melhor forma de combater a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados ralos e vasos sanitários inutilizados.
“O Ministério da Saúde já fez várias pesquisas, de 75% a 80% dos criadouros onde os mosquitos se proliferam estão dentro das residências e dos quintais. Por isso é muito importante as famílias, os moradores, permitirem a entrada dos agentes e uma vez por semana olharem dentro das suas casas, se não tem água parada, sendo um possível criadouro de mosquitos da dengue”, afirmou o prefeito Dário Saadi durante o mutirão.
O mutirão foi multissetorial e contou com apoio das secretarias de Habitação, do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, de Educação, de Desenvolvimento e Assistência Social, de Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
Enfrentamento à dengue
Em 21 de novembro, a Prefeitura anunciou novas estratégias para enfrentamento à doença entre o fim de 2024 e início do próximo ano. Entre os destaques estão:
- capacitação de lideranças de bairros;
- uso de imagens de satélite da PF;
- uso de IA para aumentar a cobertura vacinal;
- uso de IA para reduzir o percentual de imóveis sem acesso durante ações contra dengue;
- campanha educativa em canais de comunicação;
- reunião com as comunidades religiosas;
- parceria com a CPFL para identificar casas com criadouros e mensagens educativas em contas;
- colocação de aviso nas residências em que as equipes não conseguem entrar.