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Alunos da Baixada Santista são selecionados para intercâmbio cultural

Um aluno de cada Etec e Fatec foi escolhido para estudar fora do Brasil durante um mês
Fotos/divulgação: arquivo pessoal

Estudar fora do país, aprender outro idioma e conhecer uma nova cultura – para muitos, essa experiência é um grande objetivo, mas para os alunos das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), em especial, o sonho tem chance de se tornar realidade graças ao Intercâmbio Cultural do Centro Paula Souza (CPS).

Promovido pela Assessoria de Relações Internacionais (Arinter) do CPS, o programa oferece mais de 300 bolsas para cursos de idiomas em instituições da Argentina, Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda, cujas vagas são destinadas a alunos com bom desempenho acadêmico das Etecs e Fatecs, de forma gratuita.

Na Baixada Santista, foram 10 entre os 333 selecionados deste ano, conforme apurado pela equipe de reportagem da VTV, emissora afiliada do SBT na região.

Por isso, o VTV News conversou com alguns deles que, com altas expectativas, se enxergam como representantes de uma geração que acredita no poder de transformação da educação e da troca cultural.

Durante o intercâmbio, unidades de ensino fornecem orientações aos professores para evitar prejuízos acadêmicos aos alunos, como a contagem de ausências – Foto: Renan da Paz – VTV/SBT

Aluno da Etec Aristóteles é selecionado para intercâmbio

David de Brito da Luz, de 17 anos, é estudante de Desenvolvimento de Sistemas da ETEC Aristóteles Ferreira, em Santos.

Embora ainda não saiba o destino final do intercâmbio – já que o resultado leva tempo para sair -, ele torce para a Inglaterra, atraído pela cultura, futebol e influências de amigos.

Para David, o intercâmbio é a oportunidade perfeita de melhorar seu inglês e vivenciar a cultura inglesa. “Espero voltar fluente e fazer novas amizades”, afirma.

O contato com a língua, no entanto, não é inédito, já que tem se preparado de maneira autodidata com conteúdos na internet.

Além de melhorar o inglês e fazer amigos, David quer ter experiências boas e conhecer a Inglaterra, um país que nunca visitou – Foto: Renan da Paz – VTV/SBT

O jovem, que está no segundo ano do curso, se inscreveu após ouvir sobre a experiência de uma colega que palestrou sobre a experiência. Apesar do desejo, o resultado foi inesperado.

“Eu estava com meus amigos, e fiquei sabendo [da aprovação] só porque minha namorada me avisou. Quando eu descobri, fiquei chocado”.

O pai, André Aparecido Santos da Luz, não esconde o orgulho, mas também a preocupação de ver o filho ir para o exterior.

“Desde de pequeno, ele sempre foi focado no que fazia. E é um orgulho, né? Eu fico feliz, com o coraçãozinho apertado, porque ainda é uma criança apara mim, mas, mesmo assim, coloco confiança. A gente cria os filhos para o mundo e isso vai ser ótimo para ele”, afirma.

‘Onde está?’ e ‘O que será que está fazendo?’. Essas são algumas perguntas que o pai acredita que vai se fazer durante a viagem do filho; o que não impede a comemoração – Foto: Renan da Paz – VTV/SBT

Ex-aluna Bárbara relata experiências no intercâmbio cultural

Bárbara de Oliveira Bezerra, de 26 anos, se formou recentemente em Análise de Desenvolvimento de Sistemas pela Fatec Rubens Lara, em Santos. Ela participou de um intercâmbio para a Irlanda no início do ano e, com a oportunidade, pôde aprimorar seu inglês durante o programa.

Ao chegar, Bárbara tinha um nível básico de inglês. Contudo, ao final do intercâmbio, considera ter evoluído para o nível intermediário, graças às aulas que combinavam gramática e conversação.

Durante a estadia, Bárbara ficou hospedada em uma host family, onde teve que se adaptar às regras da casa de uma família irlandesa. “A principal regra era limitar o tempo do banho, algo culturalmente comum na Irlanda, mas o ambiente era acolhedor e tranquilo”, relembra.

Longe dos banhos demorados no Brasil, a principal regra era limitar o tempo a 5 minutos – algo culturalmente comum na Irlanda, de acordo com a intercambista – Fotos: Arquivo pessoal/Reprodução

O que tornou a dinâmica mais interessante foi ter sido recebida por um casal com cinco netos. A convivência foi uma ‘experiência enriquecedora’, e a comunicação acontecia sempre em inglês.

Nas aulas – que eram diárias -, além de interagir com os brasileiros, a desenvolvedora fez amizades com pessoas de outras nacionalidades. “A interação com diferentes culturas foi uma parte importante da minha experiência durante o intercâmbio.”

Por outro lado, mesmo tendo enfrentado olhares de grupos xenofóbicos, ela não se sentiu desrespeitada. Ela reconheceu essas situações como ‘parte da experiência’ e ressaltou a importância de manter a cautela.

Intercâmbio cultural também foi ‘um sonho’ para Adriana

A adaptação à língua foi um dos maiores obstáculos para Adriana Regina Ferreira dos Santos, formada em Nutrição e Dietética na Escolástica Rosa, em Santos, mas não o principal. Ela, que foi para Londres, na Inglaterra, brincou como o frio foi mais difícil de enfrentar do que a barreira do idioma.

Assim como Bárbara, Adriana passou por uma intensa imersão cultural: ela teve a oportunidade de visitar museus e participar de eventos diariamente, no contraturno, complementando a experiência com aulas que tornaram a vivência ainda mais completa.

Como outros intercambistas, ela recebeu 100 libras semanais (R$ 772,97 na conversão atual) como ajuda de custo durante a viagem, além de uma camisa, um moletom, uma mochila, um chip internacional de telefone, um cartão de ônibus e metrô sem limites e as passagens aéreas.

“Tinha que fazer durar porque é cara a alimentação. Como ficávamos livres para conhecer a cidade, dava uma fome entre o almoço e o jantar. Comendo uma coisinha aqui e ali, precisava administrar, mas dava tudo certo”.

Fã de música e futebol, Adriana também valorizou a imersão cultural. Ela sempre teve o desejo de conhecer a Inglaterra, e estar lá foi ‘viver dentro de um filme’. O contato com o solo do Pink Floyd e dos Beatles, bandas que sempre gostou, fez com que ela se sentisse parte do lugar.

Moletom e mochila personalizada fizeram parte do ‘kit intercambista’ recebido pelos alunos – Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Experiência do intercâmbio traz impacto cultural

O diretor da Escolástica Rosa, Thiago Pedro de Abreu, explica que o intercâmbio é apresentado desde o início do ano letivo como um grande motivador para os alunos se dedicarem aos estudos e alcançarem bom desempenho.

Ele destaca que, com boas notas e frequência, os estudantes têm mais chances de conquistar uma bolsa e viver a experiência de estudar no exterior.

Além disso, enfatiza que o projeto prepara os alunos para o mercado de trabalho, principalmente pelo aprendizado de idiomas.

“A fluência em inglês ou espanhol adquirida durante o intercâmbio torna os estudantes mais competitivos e prontos para as oportunidades profissionais no futuro”, afirma.

Thiago destaca que o intercâmbio ajuda no crescimento pessoal dos alunos, motivando-os a aprender mais e a se desenvolver – Foto: Renan da Paz – VTV/SBT

Selecionados na Baixada Santista

  • Alice Gonçalves Benedicto – Etec Alberto Santos Dumont, em Guarujá
  • Davi de Brito da Luz – Etec Aristóteles Ferreira, em Santos
  • Gustavo Felix Ferreira da Silva – Etec Adolpho Berezin, em Mongaguá
  • Izis Heinecke – Etec de Praia Grande
  • Lais dos Santos Piedade – Etec de Itanhaém
  • Maria Eduarda Goulart de Oliveira – Fatec Praia Grande
  • Mikaelly Yumi Belforth Higa – Etec Dona Escolástica Rosa, em Santos
  • Samantha Pereira do Nascimento – Etec Dr.ª Ruth Cardoso, em São Vicente
  • Sarah Lucio de Jesus – Etec de Cubatão
  • Simony Regina de Lima Cardoso – Etec de Peruíbe
Para a divisão das turmas, alunos nivelam conhecimento em testes de proeficiência. Assim, os níveis de ensino são divididos por grau de compreensão – Foto: Centro Paula Souza/Divulgação

Conheça o projeto de intercâmbio cultural das Etecs e Fatecs

O Intercâmbio Cultural do Centro Paula Souza oferece aos alunos a oportunidade de realizar um curso intensivo de quatro semanas em instituições de ensino na Argentina, Estados Unidos, Inglaterra e Irlanda.

Os estudantes selecionados participam de um programa de imersão em língua inglesa ou espanhola.

De acordo com o CPS, todas as despesas principais cobertas, incluindo passagens aéreas, hospedagem em casas de família, alimentação, traslado no país de destino, seguro-viagem e ajuda de custo.

Os critérios de seleção baseiam-se no desempenho acadêmico dos alunos, conforme detalhado nos editais disponíveis na página da Assessoria de Relações Internacionais da organização estudantil.

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