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Barrigudinhos entram no combate a dengue em Santos

A média de vida dos barrigudinhos é de três anos e que em um período de 28 dias eles se reproduzem

Uma das estratégias de combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, é a utilização de peixes que se alimentam de larvas. A Secretaria de Saúde realizou este controle biológico em uma casa desocupada no bairro Ponta da Praia.

Os animais utilizados são os peixes chamados barrigudinhos (Poecilia reticulata),  também conhecidos como lebistes. São usados pela Seção de Controle de Vetores (Secove) no controle biológico dos focos do vetor e soltos em reservatórios que não podem ser eliminados, nem tampados, como garagens inundadas, piscinas sem uso ou em locais com grande quantidade e acúmulo de água,  para evitar que as larvas se desenvolvam e se transformem no mosquito transmissor das arboviroses. 

Os peixes são colocados em espaços infestados para comerem as larvas do mosquito, e também pernilongos, e sua eficácia foi comprovada em pouco tempo, eliminando as larvas.

De acordo com  a chefe técnica do Setor de Controle de Vetores (CCZV), Ana Paula Favoreto, os barrigudinhos também são escolhidos por serem mais resistentes a variações de temperatura e à poluição orgânica da água. 

O seu tamanho pequeno também pode favorecer a movimentação em locais estreitos devido à vegetação ou ao acúmulo de lixo. “Ao serem colocados em piscinas sem uso, como neste caso, os peixes se reproduzem rapidamente, evitando que os ovos se transformem em mosquitos.  A larva é a fase jovem do mosquito transmissor da dengue e o seu desenvolvimento acontece inicialmente dentro d’água. O barrigudinho é selecionado como método de controle biológico justamente porque ele tem preferência pelas larvas do mosquito em relação a outros alimentos. É uma estratégia muito eficaz no controle do Aedes aegypti e ambientalmente correta, uma vez que dispensa o uso de produtos químicos nesses locais”.

Os peixes ainda podem ser colocados em locais como chafarizes, grandes obras abandonadas e locais alagados com dificuldade de drenagem, que são mais frequentes em período de muitas chuvas.

Segundo Ana Paula Favoreto, a técnica dos peixes larvófagos começou a ser usada como experiência em Santos em 2018. Desde então, comprovada sua eficiência no controle de focos do Aedes aegypti, é utilizada em diversas ações.

Como em Santos a combinação com as altas temperaturas acelera a eclosão dos ovos e o desenvolvimento das larvas, a técnica de controle biológico é eficiente e reduz o tempo necessário de inspeção do local, já que a presença dos peixes é garantia de que não há larvas, além de não haver impacto sobre o meio ambiente. “Uma vez que os peixinhos são colocados no reservatório, como por exemplo, numa piscina sem tratamento, eles se reproduzem rapidamente e enquanto houver matéria orgânica na água eles permanecerão ali, se alimentando das larvas e impedindo a proliferação do Aedes aegypti”, explicou. 

A média de vida dos barrigudinhos é de três anos e que em um período de 28 dias eles se reproduzem.

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