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Em Terras Lusas – Caos na Imigração

Portugueses ficaram assustados com os dados do relatório
Em Terras Lusas

Semana passada a AIMA Agência para Integração, Migrações e Asilo, órgão governamental do Estado português responsável pelas estatísticas sobre a entrada e saída de imigrantes no país, revelou que há 1.546.521 imigrantes morando em Portugal. Um acréscimo de 248.857 imigrantes desde o relatório de setembro do ano passado. Ou seja, 15% dos habitantes de Portugal são hoje estrangeiros, sendo os brasileiros a maior comunidade.

Como não poderia deixar de ser, os portugueses ficaram assustados com os dados do relatório, e questões como as teorias da substituição e a perda da identidade portuguesa foram alvos de acalorados debates nas redes sociais, na televisão e para muitos partidos políticos, um tema importante para a eleição legislativa que ocorrerá em 18 de maio próximo.

Se em 2017 o número de imigrantes em todo Portugal beirava os 421 mil, esse acréscimo exponencial em menos de 7 anos em Portugal, além de revelar um descontrole na imigração, também se deveu à uma medida governamental que permitia que qualquer cidadão entrasse no país como turista e pedisse a regularização mediante contrato de trabalho ou de recibos verdes. Tudo obra do governo socialista de António Costa.

Em Terras Lusas

Não é necessário um QI muito elevado para perceber que essa medida foi a responsável para que mais de um milhão de manifestações de interesse fossem registradas em Portugal causando caos social e administrativo no país.

Com o intuito de estancar essa imigração de portas escancaradas, como ficou conhecida a prática da manifestação de interesse, o destituído governo do PSD acabou com a prática da manifestação de interesse em fevereiro último, o que reduziu em 59% a entrada de imigrantes em Terras Lusas.

Para piorar, e muito, a visão dos portugueses sobre os estrangeiros que por cá vivem, algumas péssimas notícias nas últimas semanas só vieram a denegrir ainda mais essa situação e foram a pá de cal para qualquer movimento pró-imigração.

Em Terras Lusas

A primeira dessas notícias é de que há um milhão e quinhentos mil habitantes sem médico de família, segundo dados do SNS-Sistema Nacional de Saúde. Fazendo uma conta simples e básica, pode-se atribuir, a grosso modo, que a escassez de médicos de família para os portugueses ocorra por conta do excesso de imigrantes em Portugal.

A segunda delas foi o assassinato de um estudante português por uma gangue de brasileiros em Braga. O incidente ocorreu porque, segundo conta a PSP, o jovem português alertou aos seguranças da boate onde estavam, que os brasileiros estavam “batizando” as bebidas de algumas jovens. Expulsos da boate, a gangue brasileira esperou o jovem português na porta da boate e o matou a facadas.


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O crime revoltou os portugueses e foi parar nas principais capas dos jornais e nos noticiários das redes de televisões do país.

Se a percepção de que a comunidade brasileira é proveniente, em sua grande maioria, da favela e de que os brasileiros são potencialmente perigosos, esse caso só veio confirmar a sensação de insegurança que o português tem em relação aos imigrantes e aumentar o racismo e a xenofobia que dia a dia cresce na população.

O crime foi amplamente explorado em um debate televisivo entre os candidatos, André Ventura, do Chega, e a candidata Mariana Mortágua, do Partido Bloco de Esquerda, que se opuseram de forma frontal e incisiva quanto ao tema da imigração, causando mal-estar ao jornalista mediador do debate e a quem assistia o debate pela tv.

Um adendo: o candidato do Chega é contra a imigração de portas abertas enquanto a candidata de esquerda é favorável à imigração.

Como se o tema já não fosse delicado o bastante e diante das argumentações da socialista Mariana Mortágua de que aceitar os imigrantes é um ato humanitário e cristão, o candidato do Chega disse então para que a candidata do partido de esquerda visitasse a família da vítima do crime e assim o dissesse.

Não resta dúvidas que o mundo está em uma espiral contra a imigração e discursos xenófobos e racistas acabam por fazer parte do dia a dia desses países, mas há de se ter um mínimo de decência até mesmo para expor a sua discordância ao movimentos a favor da imigração e não apelar ao sentimentalismo barato e tocar na dor alheia de forma vil como fez o candidato do Chega.

Autor

  • Paulo Visani Rossi

    Paulo Visani Rossi é advogado especializado em Direito Autoral e assessor de imprensa, atua como consultor de marketing na Europa e vive há 9 anos em Portugal

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