Um homem de 50 anos morreu após ser atacado por seu próprio cão da raça pitbull, no fim da tarde desta segunda-feira (26), no bairro Vila Industrial, em Campinas (SP).
Segundo o boletim de ocorrência, o ataque ocorreu dentro da residência da vítima, localizada na Avenida Doutor Carlos de Campos. Aldemir Gomes estava sozinho em casa quando, um comerciante vizinho ouviu gritos de socorro vindos da casa e acionou o Corpo de Bombeiros.
Ao chegarem ao local, os bombeiros encontraram o pitbull ainda em estado de agressividade. Para conseguir acessar a residência e prestar atendimento à vítima, foi necessário sacrificar o cão.

Aldemir sofreu diversas mordidas e foi encontrado ensanguentado. Ainda no local, ele teve uma parada cardiorrespiratória, sendo reanimado pela equipe de resgate. Em estado gravíssimo, ele foi levado ao Hospital Municipal Mário Gatti, mas não resistiu aos ferimentos.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil, que deve investigar as circunstâncias do ataque.
Mortes por ataque de cães: Brasil registra maior quantidade de casos em quase 30 anos
Em 2023, 51 pessoas morreram em ataques de cães no Brasil, o maior número de vítimas desde o início da série histórica, em 1996. É um número 27% maior do que em 2022, quando foram registradas 40 fatalidades. O levantamento exclusivo do SBT News foi obtido por meio do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
A raça pitbull possui restrições em mais de 20 países, como Espanha, Rússia, Argentina, Itália e Nova Zelândia. De acordo com Ary Dutra, professor de Medicina Veterinária da Universidade Veiga de Almeida, a proibição, entretanto, não é a solução. “Não se deve impedir a criação, mas, sim, regulamentar a criação e a venda, para que as pessoas tenham certeza de que o animal se enquadra nos padrões da linhagem”.
O SBT News questionou o Ministério da Justiça (MJ) e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) sobre o que têm feito diante do aumento de mortes por ataques de cães. O MJ afirmou que cabe aos estados políticas preventivas.