Conhecido internacionalmente como o Dia da Independência dos Estados Unidos da América, o 4 de julho é celebrado em todo o país com direito a fogos, paradas e outras celebrações típicas da América do Norte. Mas o que poucos sabem é que o feriado de independência dos EUA quase não foi celebrado em 4 de julho, mas sim em 2 de julho.
Independência no 2 de julho ou 4 de julho?
A independência dos Estados Unidos se deu após a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson, ter sido finalizada e entregue ao congresso para debate.
O problema é que, no primeiro dia de debate, 1º de julho de 1776, os delegados das 13 colônias norte-americanas, ainda sob controle da coroa britânica, não chegaram a um consenso sobre declarar a independência.
Segundo documentos e relatos históricos, Pensilvânia e Carolina do Sul foram contra durante a votação teste no primeiro dia de julho, pois ainda aguardavam que Grã-Bretanha e América do Norte se reconciliassem, enquanto Nova York se absteve do debate.
No dia seguinte, entretanto, a história foi feita.
Em 2 de julho de 1776, com a presença de um delegado de Delaware, a posição da Carolina do Sul mudou. Já dois delegados da Pensilvânia decidiram se abster do debate nesta ocasião. Isso virava a votação em favor da Independência dos Estados Unidos.
Com isso, em 2 de julho de 1776, o Congresso norte-americano sem votos contrários, de forma unânime, votou pela independência.
Mas e o 4 de julho?
Com a votação realizada, seria de se esperar que o dia 2 de julho tivesse ficado marcado como o Dia da Independência dos EUA, mas isso não ocorreu porque o documento que acompanharia a resolução ainda não estava finalizado.
Devido a este motivo, nos dias 3 e 4 de julho, o Congresso seguiu debatendo sobre a declaração de Thomas Jefferson porque, em um ponto, ainda não havia uma conclusão uniforme entre todas as colônias: a escravidão.
A parte mais debatida citava um discurso de Thomas Jefferson contra o então Rei George III, da Grã-Bretanha, o qual era acusado por Jefferson de ter violado a liberdade e a vida de ‘um povo distante que nunca o ofendeu cativando-o e levando-o à escravidão em outro hemisfério, ou a incorrer em morte miserável em seu transporte para lá’.
Por fim, o trecho foi excluído pelo Congresso dos documentos, o qual considerou a Declaração de Independência como concluída em 4 de julho de 1776. Estava, então, definido, o dia em que os EUA decidiu se separar, para sempre, do domínio britânico.