Namorada de adolescente que matou a própria família planejava assassinar a mãe. A informação nova foi divulgada pelo próprio delegado responsável pelo caso, Matheus Soares Santos, nesta terça-feira (1º). A menina de 15 anos, que mantinha um relacionamento virtual com o jovem de 14 anos, autor confesso dos assassinatos de pai, mãe e o irmão, de três anos, foi apreendida na última segunda-feira, em Água Boa, no Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil, a jovem teria incentivado o namorado a matar os pais e o irmão mais novo. As autoridades também investigam a suspeita de que ela planejava assassinar os próprios pais. O casal teria se conhecido por meio de um jogo online. Todos os diálogos interceptados pela polícia apontam para o plano de eliminar qualquer obstáculo que impedisse os dois de viverem juntos.
“Pelo contexto dos diálogos, assim que eles se unissem em Mato Grosso, matariam os pais da adolescente”, afirmou o delegado.
Namorada de adolescente teria motivado o crime brutal
O casal teria começado a tramar o plano macabro após a proibição do relacionamento por parte das famílias. O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do pai, estimado em R$ 33 mil, seria utilizado para financiar a viagem até o Mato Grosso. Após o crime, o jovem pesquisou como sacar o valor de uma pessoa já falecida.
O triplo homicídio ocorreu em um sábado (21), mas os corpos das vítimas só foram encontrados no último dia 25, após vizinhos acionarem a polícia devido ao forte odor vindo da residência da família. O menino teria esperado os pais dormirem para pegar a arma, registrada no nome do pai, que possuía permissão de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), e cometido os crimes. Ele ainda tentou ocultar os corpos utilizando produtos químicos no chão e os escondeu em uma cisterna.
Durante o depoimento à Polícia Civil, o jovem demonstrou frieza e chegou a afirmar que “faria tudo de novo”. O garoto foi apreendido e conduzido à 143ª Delegacia de Polícia. Ele responderá por ato infracional análogo a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Já a menina será investigada por participação no planejamento do crime e poderá cumprir medidas socioeducativas. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que acompanhará o andamento judicial.