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Caso Adalto Mello, cantor atropelado, tem nova audiência apenas em 2026: ‘É um martírio’

Advogada responsável pela acusação informou que vai solicitar adiantamento da data
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A Justiça decidiu marcar para 2026 a continuação da audiência de instrução, debates e julgamento de Thiago Arruda Campos Rosa. O bancário é acusado de atropelar e matar o cantor de pagode Adalto Mello enquanto dirigia embriagado em São Vicente, na Baixada Santista. A decisão indignou familiares e, inclusive, os advogados responsáveis pelo caso.

A audiência terá nova etapa no dia 28 de abril do próximo ano, segundo apuração do VTV News. O longo intervalo foi justificado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) com base na “pauta de processos de réus soltos”. Se o acusado estivesse preso, explicou o órgão, a análise seria mais célere por conta da prioridade dada a réus em regime fechado.


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No entanto, o adiamento não agradou a nenhum dos lados do processo. À reportagem, o advogado de defesa, Mário Badures, criticou o prazo estabelecido. “Tal lapso temporal, apesar de sabermos da abarrotada pauta de audiências, se mostra prejudicial para a defesa, eis que há a necessidade de esclarecer os fatores que desencadeou essa fatalidade (leia-se crime culposo) o quanto antes, sendo um martírio para ambos os lados”.

Sabrina Dantas, assistente de acusação, também espera que a audiência seja redesignada para uma data mais próxima. “Diante da gravidade dos fatos e da expectativa legítima da família e da sociedade por uma resposta do Judiciário, iremos postular o adiantamento da audiência”, disse. Apesar disso, ela reconheceu que compreende a ‘demora no agendamento’, já que o réu se encontra em liberdade.

Cantor Adalto Mello morre atropelado; relembre o caso

Adalto Mello pilotava uma motocicleta pela Avenida Tupiniquins, no bairro Japuí, quando foi atingido pelo carro dirigido por Thiago Arruda em 29 de dezembro. O bancário foi preso em flagrante após o teste do bafômetro indicar embriaguez- com 0,82 mg/l de álcool, 20,5 vezes acima do limite permitido.

Thiago ficou detido na Penitenciária II de Tremembé (SP) até 16 de maio. Na data, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus para a soltura do réu, determinando a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, como a proibição de deixar a cidade sem autorização judicial.

“O acidente foi uma tragédia, mas não houve intenção de matar”, argumenta o advogado de defesa. Badures sustenta que o cliente perdeu o controle do veículo e não assumiu risco deliberado. Ainda assim, o Instituto de Criminalística (IC) concluiu que o bancário trafegava em velocidade incompatível com a via. Ele responde por homicídio doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Profissionais do Samu realizaram atendimentos preliminares, porém, o cantor foi a óbito ainda no local – Foto: reprodução

Bancário que atropelou cantor Adalto Mello estava embriagado

Um laudo do IC apontou que Thiago dirigia em uma velocidade acima da permitida. Segundo o documento, o limite da via era de 50 km/h, mas os vestígios encontrados, como danos veiculares e distâncias de frenagem, indicam que o carro estava mais rápido do que deveria. Os peritos, no entanto, não conseguiram determinar a velocidade exata do veículo no momento do impacto. Mesmo assim, a análise reforça a tese de que o excesso de velocidade contribuiu para a gravidade do acidente.

Para o ministro do STF, o réu reúne condições para responder ao processo em liberdade. “Mostra-se viável a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, em consonância com os princípios da proporcionalidade e da excepcionalidade da prisão processual”, escreveu André Mendonça ao conceder o habeas corpus.

Na audiência de abril, as testemunhas restantes e o próprio réu deverão ser ouvidos. O juiz então poderá abrir prazo para as sustentações finais do Ministério Público (MP) e da defesa. “Depois disso, ele decidirá se o caso vai a júri popular”, explicou Sabrina Dantas. Para a defesa, o intervalo até a nova audiência pode prejudicar o andamento do processo.

Adalto deixou um filho, de 10 anos, que estava passando as férias com ele quando cantor faleceu – Foto: redes sociais

Quem era o cantor de pagode Adalto Mello?

Cantor e compositor de pagode, Adalto se apaixonou pela música ainda na infância. De acordo com a família, ele aprendeu a tocar cavaco observando seu pai e, desde jovem, se dedicou à carreira musical, se apresentando em eventos e comércios. Também se formou em Educação Física e trabalhou em várias empresas.

Apesar disso, nunca abandonou o seu amor pela música, sempre conciliando o trabalho com os ensaios e apresentações à noite. Para ele, a música era um sonho a ser vivido, e não apenas uma fonte de dinheiro. A mãe do artista, Carla, destaca que o filho era apegado à família e sempre procurava transmitir amor e bondade para todos ao seu redor. Adalto será lembrado por fãs, amigos e familiares pela dedicação à música e à fé.

“Desde quando me entendo por gente, desde criança, eu já toco pagode e samba. Meu pai e minha mãe sempre curtiram música. Meu pai era de escola de Samba de Santos. Meu primo tocava em grupo de pagode”, disse o cantor em entrevista à VTV, emissora afiliada do SBT.


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