A Sabesp assinou neste sábado (4) um contrato de compra e venda para aquisição de 70% do capital total da Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia) por R$ 1,1 bilhão. O movimento busca ampliar a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo e da Baixada Santista, com projeção de incremento de 7 mil litros por segundo na reservação e produção de água.
- O que significa a “aquisição do capital”? — Isso significa que uma detém o controle sobre as decisões estratégicas, votações em assembleias e direção administrativa da companhia adquirida. Em termos empresariais trata-se de uma aquisição de controle — uma operação de compra majoritária de participação societária, mas sem fusão ou incorporação imediata (a empresa comprada continua existindo juridicamente, só muda, basicamente, o controlador).
Segundo a companhia, a operação viabilizará uma gestão integrada dos recursos hídricos, considerada estratégica para o estado, permitindo o uso mais eficiente da água para consumo humano sem comprometer a geração de energia da Emae.

Dois acordos de aquisição compõem o negócio:
- Com a Vórtx, foram adquiridas 74,9% das ações ordinárias da Emae, ao preço unitário de R$ 59,33. A Vórtx atua como agente fiduciário dos debenturistas da Phoenix Água e Energia S.A., atual controladora da empresa desde o leilão de privatização.
- Com a Eletrobras, a Sabesp, por meio de uma subsidiária, comprou 66,8% das ações preferenciais, ao preço de R$ 32,07 por papel.
A Emae possui um portfólio elétrico com geração de caixa sólida e contratos de longo prazo indexados à inflação, o que, segundo a Sabesp, contribui para a estabilidade financeira e para a geração sustentável de valor.
A companhia destacou que os dois contratos foram negociados separadamente com suas respectivas contrapartes, e que a conclusão da operação dependerá do cumprimento das condições acordadas, incluindo a aprovação do Cade e demais órgãos reguladores.