A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (8), o suspeito de matar a jovem Gabriela Camargo de Jesus Lima, de 20 anos, durante um assalto em Hortolândia. O indivíduo apontado como autor do crime foi localizado no Jardim Boa Esperança. Um comparsa também foi detido, suspeito de ter ajudado a esconder as roupas e a moto utilizadas na ação.
A vítima foi morta no dia 29 de julho, enquanto aguardava o ônibus para ir ao trabalho. A Justiça decretou a prisão temporária dos dois homens, após as investigações conduzidas pela Delegacia de Hortolândia.
Além das prisões, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos suspeitos. Peças de motocicleta também foram levadas à delegacia como parte das apreensões.
Crime
Gabriela de Jesus Lima, de 20 anos, foi morta a tiros na manhã desta terça-feira (29) ao reagir a um assalto enquanto aguardava o ônibus por volta das 6h, no bairro Jardim Nova Europa, em Hortolândia. Câmeras de segurança da região registraram toda a ação do criminoso.
Nas imagens, Gabriela aparece parada no ponto, mexendo no celular, quando um motociclista se aproxima, aponta uma arma e anuncia o assalto. Ela entrega o aparelho, mas, ao tentar fugir, o assaltante deixa a moto desligar e derruba alguns objetos no chão. Nesse momento, a jovem reage e corre atrás dele.
Em outro vídeo, que flagra o assalto de um ângulo diferente, é possível ver a vítima aparece segurando a parte de trás da moto do criminoso. Ambos caem, e o homem atira contra ela.
Quem era Gabriela? Jovem que morreu a tiros ao reagir a assalto
Segundo amigos e vizinhos, Gabriela havia se mudado recentemente para o bairro e estava morando na casa de um amigo, após passar por um conflito familiar. O pai desse amigo, o pedreiro Irineu Vieira, contou à reportagem do VTV da Gente que o criminoso não conseguiu levar o celular da jovem durante a tentativa de assalto, pois o aparelho foi encontrado ao lado do corpo dela.
“Eu não escutei os tiros, mas minha esposa ouviu um barulho na rua e os cachorros latindo. Nisso, saí para ver e a Gabriela estava caída no chão. No início, eu não a reconheci. Ficamos abalados, sem saber o que fazer. O celular estava ao lado do corpo dela. Não chegaram a roubar, não”, relatou Irineu.
Muriel Vieira, amigo que acolheu Gabriela em casa, relembrou que os dois estudaram juntos e mantinham amizade desde então.
“No começo deste ano, ela veio ficar aqui em casa. Hoje, quando acordei, meu pai contou que alguém tinha sido baleado aqui na rua. Num primeiro momento, não imaginei que fosse ela. Mas fui olhar as notícias, porque algo me fez pensar nisso. Quando vi a foto, percebi que era a Gabriela”, contou Muriel, visivelmente emocionado.
Uma vizinha que ouviu os tiros disse que escutou a vítima pedir socorro.
“Uma das vizinhas chamou a ambulância, mas demorou bastante para chegar. Eu até coloquei o ouvido no peito dela e ainda dava para ouvir a respiração, bem fraca”, relatou.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar foram acionadas e estiveram no local. O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte).