O prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), e outros seis prefeitos paulistas, liderados pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), precisaram cancelar uma missão diplomática a Israel. A comitiva ficou retida após ataques aéreos de Israel contra instalações nucleares no Irã, na noite desta quinta-feira (12).
A viagem tinha como objetivo participar da EXPOMUNI, a maior feira mundial sobre inovação e soluções inteligentes para cidades. Além disso, a agenda oficial incluía reuniões com representantes do Parlamento israelense (Knesset), do Ministério das Relações Exteriores e o prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai.
“Estou bem e ainda não tinha chegado a Israel. Um livramento de Deus, dada toda essa situação”, disse Kayo Amado em comunicado nas redes sociais.
Amado relatou nas redes sociais que o convite para a viagem, que aconteceria entre os dias 12 e 20 de junho, foi feito pelo próprio vice-governador Felício Ramuth. Entretanto, ao desembarcar em Barcelona, na Espanha, para uma conexão, a comitiva foi informada sobre os bombardeios e o fechamento dos aeroportos israelenses.
Como, quando e por que Israel atacou o Irã? Entenda
Instalações nucleares e fábricas de mísseis foram atingidas durante uma ofensiva militar contra o Irã. Entre as vítimas dos ataques aéreos estão dois altos líderes militares: o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que a operação envolveu cerca de 200 aeronaves e atingiu mais de 100 alvos estratégicos. O principal alvo foi a instalação nuclear de Natanz – o maior centro de enriquecimento de urânio do Irã. Civis, incluindo crianças, também foram mortos, e o Irã anunciou que haverá retaliação.
Blood for blood.
— Iran Military (@IRIran_Military) June 13, 2025
Nos últimos meses, forças e grupos aliados ao Irã na região, como Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica, sofreram diversas perdas em confrontos diretos com Israel. Internamente, o País enfrenta sanções econômicas impostas por potências ocidentais, além de manifestações populares esporádicas desde 2022.
As operações militares israelenses incluíram bombardeios em Gaza, Cisjordânia, sul do Líbano e Síria para impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Autoridades norte-americanas, entretanto, afirmam que o Irã não está atualmente construindo uma bomba nuclear e que seu programa de armas foi suspenso em 2003.