fbpx
Search
Close this search box.

Afogamentos na Baixada Santista: o que é corrente de retorno?

Entenda o que significa e como se proteger
Foto/divulgação: Prefeitura de Guarujá

Quando o sol brilha forte sobre as praias da Baixada Santista, o cenário parece ideal para um bom mergulho. Mas, sob as águas cristalinas, esconde-se um perigo invisível que pode transformar o dia de lazer em uma tragédia: a corrente de retorno.

Embora pareçam inofensivas à primeira vista, essas correntes representam uma das principais causas de afogamentos nas praias da região, de acordo com o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar).

Segundo o Brasil Escola, as correntes de retorno são fortes fluxos de água que, ao contrário das ondas, puxam os nadadores para o alto-mar. Elas se formam quando a água das ondas quebrando na areia retorna para o oceano, criando um fluxo intenso e constante.

Correntes de retorno são perigosas?

Em questão de segundos, uma pessoa pode ser arrastada para longe da praia, sem perceber a força da correnteza. E o mais alarmante: quem é levado por elas muitas vezes entra em pânico, tentando nadar de volta para a costa e, assim, se cansando rapidamente.

O perigo das correntes de retorno é ainda maior em determinadas condições, como em áreas com ondas fortes ou em locais onde a praia tem uma configuração geográfica favorável à formação dessas correntes.

Na Baixada Santista, muitas praias são bastante procuradas durante o verão, e a presença de turistas que não conhecem bem as características do mar torna a situação ainda mais arriscada. A falta de informações e a ignorância sobre como reagir podem agravar o quadro e aumentar o número de afogamentos.

Portanto, para quem deseja aproveitar o mar com segurança, é essencial tomar precauções simples, mas fundamentais.

A água se acumula na beira do mar e acaba sendo puxada de volta para o fundo – Reprodução: S2 Treinamentos

Como se proteger das correntes de retorno?

A equipe do Salvamar Paulista, responsável pelo monitoramento da segurança nas praias da região, orienta que os banhistas evitem nadar em locais sinalizados com bandeiras vermelhas. Estes pontos indicam áreas de maior risco, geralmente associadas à força das ondas ou à presença de correntes de retorno.

Além disso, é importante sempre escolher áreas próximas aos postos de guarda-vidas. Profissionais treinados estão atentos a qualquer movimento suspeito e podem agir rapidamente em caso de emergência.

Eles também são os primeiros a identificar a presença de correntes perigosas e orientar a população para evitar tragédias. Mas, e se você se encontrar em uma corrente de retorno? A resposta pode parecer simples, mas muitos, ao entrarem em pânico, fazem exatamente o oposto do recomendado.

A primeira coisa a fazer é não lutar contra a corrente. Nadar contra a força da água pode ser exaustivo e, muitas vezes, fatal. A melhor estratégia é nadar paralelamente à praia, movendo-se para os lados até sair da força da corrente. Com calma, você aumentará as chances de escapar sem se exaurir.

Desta forma, ao respeitar as orientações, você protege a sua vida e a de quem você ama. O mar é imprevisível, e é preciso entender seus sinais e respeitar sua força para aproveitá-lo com segurança.

Afogamentos na Baixada Santista

Somente nesta semana, o GBMar realizou um intenso trabalho de resgates na região, com mais de 50 pessoas salvas. Em Praia Grande, dois irmãos desapareceram nas águas do bairro Caiçara, após se envolverem em uma correnteza de retorno. O mais velho tentou salvar o mais novo, mas não obteve êxito. O pai reconheceu os corpos nesta quinta-feira (26).

Também em Praia Grande, no bairro Itapoã, quatro banhistas se afogaram, mas três foram resgatados por populares. Messias Domingos Leck, de 16 anos, foi o único a desaparecer, e seu corpo foi encontrado em Solemar, na manhã de quinta. A guarnição informou que o local não estava sinalizado e não contava com a presença de guarda-vidas.

Em Mongaguá, na quarta-feira (25), dois turistas morreram após afogamentos. O primeiro, Willian Guedes Da Silva Santos, de 37 anos, foi encontrado em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu. À tarde, João Biratan Henrique Pereira Alves, de 18 anos, submergiu nas águas e também não sobreviveu, apesar dos esforços da equipe de reanimação.

Na Prainha Branca, entre Guarujá e Bertioga, um homem morreu após se perder em uma moto aquática na véspera de Natal. Ele havia desaparecido por quase duas horas até ser encontrado, junto com a moto aquática, a 10 km do local. Amigos reconheceram o corpo, e a causa da morte será investigada.

Autor

Mais lidas

Carro pega fogo em rodovia de Cosmópolis; Vídeo

Após foto íntima vazada, Cacá diz que não tem relacionamento sério

Veja mensagens de ‘Feliz Natal’ para enviar pelo WhatsApp

“Pai” que estava de ‘saidinha’ é preso por matar bebê em Piracicaba

Foto/reprodução: Praia Grande Mil Grau

Dois irmãos se afogam e desaparecem em Praia Grande

VEJA TAMBÉM