Moradores de Piracicaba foram fundamentais no resgate de uma capivara que estava “ilhada” no Rio Piracicaba. O animal ficou em uma ilhota no Parque do Mirante e os internautas compartilharam vídeos nas redes sociais.
O Corpo de Bombeiros e a Prefeitura de Piracicaba realizaram o resgate na manhã desta quarta-feira (8). Ela estava debilitada e já está recebendo tratamento especializado, sendo que o resgate foi acompanhado pelo veterinário da prefeitura.
Segundo o médico-veterinário da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura, Gustavo Nunes de Moraes, a capivara está bastante debilitada e não estava ‘presa” na ilhota, mas se afastou do grupo.
O animal foi levado para a Associação Mata Ciliar, em Jundiaí, onde funciona o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, e será devolvido à natureza quando estiver 100% recuperado.
“Ela não ficou presa. Capivaras são ótimas nadadoras e adoram as épocas de cheias do rio. Ela se afastou do bando e ficou ali por estar muito debilitada, provavelmente por conta de alguma doença crônica. Por conta disso, ela não pode ser solta, deve ser encaminhada para um Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres, que é o setor que recebe animais silvestres doentes”, explicou Moraes.
Na Associação Mata Ciliar, em Jundiaí, com o qual a Prefeitura de Piracicaba mantém convênio, ela receberá os devidos cuidados para ser devolvida à natureza.
“É muito importante enfatizar que a capivara, além de ser um animal silvestre, é considerado um animal sinantrópico (animal em superpopulação que está acostumado viver no ambiente urbano e que transmite doenças para as pessoas). A capivara é reservatório e amplificador da febre maculosa, transmitida pelo carrapato estrela que hospeda seu pelo e sua pele. Por conta disso, animais resgatados não podem ser devolvidos para ambiente urbano, pois representaria um risco de saúde pública”, conclui Moraes.
A Prefeitura manterá contato com a Associação Mata Ciliar para acompanhar a situação da capivara resgatada.