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Crise global de fertilidade gera relatório preocupante

Estudo apontou motivos que reduzem taxa de natalidade no Brasil e no mundo
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Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) revelou que o alto custo de vida tem dificultado a formação de famílias em diversas partes do mundo. O estudo apontou uma crise global de fertilidade, cuja desigualdade de gênero e a incerteza sobre futuro são fatores-chave para reduzir taxas de natalidade.

Divulgada nesta terça-feira (10), a pesquisa foi realizada em 14 países, abrangendo 37% da população mundial. O Brasil foi o único país lusófono no levantamento, que também incluiu Estados Unidos, Alemanha e Nigéria. Foram entrevistadas 14.256 pessoas, com idades entre 18 e 88 anos. No Brasil, 1.053 adultos participaram.


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Entre os entrevistados, 39% citaram limitações financeiras como a principal razão para não terem tantos filhos quanto gostariam. A dificuldade de acesso à moradia e a ausência de políticas públicas eficazes foram apontadas como barreiras significativas. Confira, abaixo, outros fatores que influenciam a fertilidade global.

Filhos… ter ou não?

Segundo o relatório, mudanças climáticas, guerras e insegurança influenciam a decisão de não ter filhos. A pesquisa mostrou ainda que uma em cada cinco pessoas considera a divisão desigual do trabalho doméstico como um motivo para evitar a parentalidade – o que 13% das mulheres consideram a principal preocupação.

Gravidezes indesejadas e pressões sociais para a parentalidade também foram destacados no levantamento. Um em cada três entrevistados relatou já ter enfrentado uma gravidez indesejada, enquanto 20% afirmaram terem sido pressionados a ter filhos.

Incentivo à fertilidade

Ainda conforme a pesquisa, brasileiros com acesso ao crédito habitacional têm um terço mais chances de ampliar suas famílias. O Unfpa, porém, desaconselha medidas coercitivas para aumentar as taxas de natalidade, como metas de fertilidade ou bônus financeiros.

A agência da ONU recomenda estratégias que removam barreiras, como investimentos em moradia, trabalho decente, licença parental remunerada e acesso à saúde reprodutiva. Para os especialistas da organização, incentivos podem ser mais eficazes na criação de um ambiente favorável à parentalidade.


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