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Hamas assina cessar-fogo e anuncia fim da guerra em Gaza; Israel ainda não ratificou o acordo

Negociador diz que acordo prevê libertação de prisioneiros e retirada gradual das forças israelenses.
Hamas assina cessar-fogo e anuncia fim da guerra em Gaza

O Hamas afirmou nesta quinta-feira (9) ter recebido garantias dos Estados Unidos, de mediadores árabes e da Turquia de que a guerra em Gaza chegou ao fim de forma definitiva. A declaração foi feita por Khalil al-Hayya, um dos principais representantes do grupo no enclave palestino, que indicou o início de um acordo de cessar-fogo e de retirada militar. A decisão ainda precisa ser ratificada pelo primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, que se reuniu no gabinete de segurança e levará o tema ainda a votação.

Segundo a Agência Reuters, oficiais de ambas as partes, de Israel e Hamas, assinaram o acordo de cessar-fogo. Assim, Israel terá que gradativamente sair do território da Faixa de Gaza. Entretanto, ainda não houve pronunciamento oficial do governo israelense.

Uma fonte do Hamas, citada pela emissora Al Jazeera, informou que um dos pontos de divergência é a definição de quais prisioneiros palestinos serão libertados na fase inicial.

Segundo o negociador, a primeira etapa do entendimento prevê duas medidas centrais:


Troca de prisioneiros, incluindo palestinos detidos desde o início do conflito;


Retirada parcial das tropas israelenses de regiões específicas da Faixa de Gaza.

Al-Hayya detalhou que a proposta inclui a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel e de 1.700 prisioneiros de Gaza mantidos sob custódia desde o início da guerra. Ainda não há prazo definido para o início das liberações nem para a retirada total das forças israelenses.

Se o pacto for ratificado, Israel terá um prazo de 24 horas para iniciar o recuo militar, mantendo o controle de cerca de 53% do território de Gaza. Em contrapartida, o Hamas deverá, em até 72 horas, libertar todos os reféns que permanecem no enclave. Estima-se que 48 pessoas estejam sob custódia do grupo, das quais 20 são consideradas vivas.

Entenda primeira fase do acordo

A fase inicial prevê a troca de 2 mil prisioneiros palestinos por todos os reféns israelenses detidos em Gaza. O plano inclui ainda a redistribuição parcial das forças de Israel e um aumento expressivo na ajuda humanitária destinada ao território. Segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o processo de libertação dos reféns deve ocorrer na segunda (13) ou terça-feira (14). Ele afirmou que os restos mortais de cerca de 28 reféns também serão recuperados, sem detalhar prazos.

A assinatura oficial do documento está prevista para Sharm el-Sheikh, no Egito. “Teremos uma assinatura oficial”, declarou Trump durante reunião de gabinete na Casa Branca, sem confirmar a data da viagem.

Ainda segundo a agência, Israel irá gradativamente sair do território na Faixa de Gaza (Foto: Reprodução / SBT News)

Etapas seguintes e incertezas

Este acordo inicial contempla apenas parte dos 20 pontos de um plano proposto por Trump no mês passado. Questões mais sensíveis, como o futuro governo de Gaza no pós-guerra e o possível desarmamento do Hamas, foram adiadas para uma segunda fase.

Durante discurso transmitido por canais árabes, um negociador do Hamas elogiou o “povo de Gaza pela coragem durante os dois anos de guerra”, mas evitou comentar sobre o desarmamento ou a presença de uma força internacional de estabilização no território. Membros do grupo já haviam expressado fortes reservas em relação a essas propostas.

O Hamas também pediu garantias formais dos Estados Unidos de que Israel não retomará os bombardeios após a libertação dos reféns. Até o momento, Washington e outros mediadores não confirmaram se houve qualquer compromisso além de promessas verbais.

Trump declarou ainda que o desarmamento e a retirada progressiva das forças israelenses farão parte da próxima etapa das negociações. “Não vou falar sobre isso porque vocês mais ou menos sabem o que é a fase dois. Mas… haverá desarmamento”, afirmou.


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Autor

  • Iago Yoshimi Seo

    Jornalista formado em junho de 2025, atuando desde 2023 com foco em reportagens de profundidade, gestão de projetos, fotografia e pesquisa. Autor de obra sobre temas sociais e políticos, com análise crítica da democracia e da sociedade.

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