Acusados de matar Igor Peretto voltam para audiência em maio

Julgamento foi adiado devido à ausência de testemunhas
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A audiência de instrução dos três acusados pelo assassinato do comerciante Igor Peretto terá continuidade apenas em maio. O crime aconteceu no apartamento de Marcelly Peretto, irmã da vítima, no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, na Baixada Santista, na madrugada de 31 de agosto de 2024.

De acordo com a denúncia, Igor Peretto foi brutalmente assassinado a facadas após descobrir uma traição. Mário Vitorino (cunhado), Rafaela Costa (esposa) e Marcelly Peretto (irmã) estão presos e enfrentam acusações relacionadas à morte do comerciante, com a audiência tendo como objetivo decidir se os réus irão a júri popular.

No entanto, a audiência teve que ser interrompida e será continuada no dia 7 de maio devido à ausência de várias testemunhas convocadas para o ato processual. Conforme apurado pelo VTV News, até o fechamento da audiência, apenas cinco testemunhas foram ouvidas – o que impossibilitou a conclusão da sessão.

No fim da audiência, Mário Vitorino foi escoltado de volta ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, por volta das 19h30. Já a família de Rafaela Costa deixou o local 30 minutos mais cedo, acompanhada de seu advogado, Marcelo Cruz.

Mário sorri e faz gesto para populares ao chegar no Fórum

Imagens divulgadas pela reportagem capturaram o momento em que Marcelly, Rafaela e Mário chegaram ao Fórum de Praia Grande na manhã da última quinta-feira (20).

Em um dos vídeos, Mário, escoltado por policiais militares e algemado, sorri e faz um gesto com as mãos enquanto encara populares (veja abaixo). A cena gerou indignação.

Já Marcelly e Rafaela mantiveram uma postura silenciosa e não demonstraram qualquer reação ao serem vistas chegando ao Fórum. As duas seguiram em direção ao prédio sem interagir com a multidão.

Audiência

O MP-SP concluiu que a irmã de Igor, junto com Rafaela Costa (esposa) e Mário Vitorino (cunhado), planejaram o assassinato, pois ele era visto como um ‘empecilho’ no triângulo amoroso formado entre eles. A audiência de instrução desta manhã tem como objetivo esclarecer os fatos.

Os advogados de defesa são Mário Badures (para Mário Vitorino), Leandro Weissmann (para Marcelly) e Marcelo Cruz (para Rafaela). A família de Igor, representada por Felipe Pires Campos, atua como assistente de acusação. O irmão da vítima e vereador em São VicenteTiago Peretto, será ouvido pela primeira vez no processo.

Conforme apurado pela repórter da VTV, afiliada do SBT na Baixada Santista, Gaby de Saboya, cada parte do processo tem o direito de arrolar até oito testemunhas para a audiência de instrução e julgamento. Quando alguém é arrolado – como o caso do irmão Tiago Peretto -, é obrigatório comparecer.


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Esposa, irmã e cunhado são apontados como responsáveis pela morte de Igor Peretto – Reprodução: VTV/SBT

Motivação e vantagens

A denúncia apresentada aponta que o assassinato teria como motivação a obtenção de vantagens financeiras pelos acusados. O MP sustenta que o crime estava ligado à disputa por bens materiais e herança; negando, no entanto, a existência de um triângulo amoroso entre Rafaela, Marcelly e Mário.

O Ministério Público detalha que as vantagens financeiras seriam para Mário, que assumiria a loja de motos em sociedade com Igor, e para Rafaela, que herdaria bens como viúva. Portanto, Marcelly, que também se relacionava com os envolvidos, seria igualmente beneficiada com a morte de Igor.

Além disso, a acusação afirma que o crime foi cometido por motivo torpe, com o assassinato sendo uma forma de eliminar o empecilho aos relacionamentos íntimos e sexuais entre os acusados. O MP enfatiza que o ato foi cruel, pois Igor foi ‘atacado de forma traiçoeira, desarmado e por pessoas próximas a ele, dificultando a defesa’.

Relacionamento extraconjugal, ‘quadrado amoroso’ e assassinato em Praia Grande: relembre o Caso Igor Peretto

O crime aconteceu no dia 31 de agosto, no apartamento de Marcelly, irmã da vítima. No momento do assassinato, estavam presentes a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela, esposa de Igor, chegou ao local pouco antes, mas deixou o apartamento apenas 13 segundos antes do marido chegar acompanhado de Mário.

De acordo com os depoimentos e os advogados, a viúva Rafaela mantinha um relacionamento extraconjugal com Mário Vitorino. Além disso, o advogado de Marcelly revelou que ela e Rafaela também haviam vivido um envolvimento amoroso no mesmo apartamento, antes da chegada de Igor e Mário.

As mulheres, Marcelly e Rafaela, se entregaram à polícia no dia 6 de setembro, enquanto Mário Vitorino foi preso no dia 15, após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha, no interior de São Paulo. O laudo necroscópico revelou que Igor foi morto a facadas e, caso sobrevivesse, teria ficado tetraplégico.

O trio foi inicialmente preso temporariamente, com a prisão prorrogada em outubro. A defesa de Rafaela tentou conseguir a liberdade dela por meio de um habeas corpusmas o pedido foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)mantendo a prisão das acusadas e do acusado.

Após a denúncia do MP, a Justiça de Praia Grande converteu as prisões temporárias do trio para preventivas. As promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez lideraram a acusação, e o caso segue em andamento.

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