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Bancário que atropelou cantor Adalto Mello estava embriagado

Horas antes do crime, Thiago Arruda compartilhou imagens de uma confraternização

O bancário Thiago Arruda Campos Rosas, de 32 anos, foi preso em flagrante após atropelar o cantor de pagode Adalto Mello, de 39, na madrugada deste domingo (29), na Avenida Tupiniquins, em São Vicente. Thiago, que estava dirigindo embriagado, atingiu em alta velocidade a motocicleta pilotada por Adalto, que morreu no local.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), o bancário afirmou aos policiais que a moto apareceu repentinamente em sua frente, sem tempo para evitar a colisão. No entanto, as imagens das câmeras de segurança mostram uma versão distinta, que será avaliada pelo Ministério Público (MP).

Testemunhas e a análise da cena indicaram que o condutor estava embriagado no momento do acidente. O teste do etilômetro confirmou a suspeita, com 0,82 mg de álcool por litro de ar expelido, acima do limite legal.

Além disso, Thiago apresentava fala pastosa, olhos avermelhados e andar cambaleante, segundo a polícia. A investigação também revelou que Thiago cometeu diversas infrações de trânsito, como ultrapassar outro veículo pela direita e invadir a ciclofaixa, manobras expressamente proibidas.

A corporação concluiu, então, que ele agiu com dolo eventual, ao assumir o risco de causar o acidente ao dirigir de forma imprudente e embriagada. Como resultado, Thiago foi indiciado por homicídio culposo [quando não há intenção de matar] no trânsito, conforme o artigo 302, § 3º, do Código de Trânsito Brasileiro.

Bancário estava em ‘resenha’

Horas antes do crime, Thiago compartilhou em suas redes sociais um vídeo de uma confraternização de fim de ano. Na publicação, ele aparece com amigos em uma cobertura com piscina, onde teria consumido álcool, conforme confirmado pelo teste de bafômetro realizado posteriormente.

Após análise das imagens de câmeras de segurança na Avenida Tupiniquins, no Japuí, o delegado Daniel Pereira de Sousa alterou a classificação do crime. Com base nas evidências, a situação foi requalificada como homicídio doloso, caracterizando a intenção de assumir o risco de matar.

‘Aquela resenha de fim de ano’, escreveu o bancário em um story – Reprodução: Instagram

A defesa de Thiago Arruda não foi localizada até o fechamento desta matéria. O espaço para manifestação, no entanto, segue aberto.

Cantor Adalto Mello morre atropelado; relembre o caso

Adalto pilotava sua motocicleta quando foi atingido por um carro modelo I/Kia Sportage em alta velocidade por volta das 2h38, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Nas imagens obtidas pelo VTV News, o motorista do carro ultrapassa outro veículo que estava atrás da moto e atinge em cheio o cantor.

Adalto ainda chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), de acordo com a Prefeitura de São Vicente, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A ocorrência foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar (PM).

A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) foi ao endereço do atropelamento e auxiliou os condutores. “Foi necessária a implementação temporária da operação ‘Pare e Siga’. Informações sobre a dinâmica do acidente e desdobramentos relacionados ao motorista envolvido no caso devem ser obtidas com as autoridades policiais”, complementou.

Profissionais do Samu realizaram atendimentos preliminares, porém, o cantor foi a óbito ainda no local – Fotos/divulgação

Quem era o cantor de pagode Adalto Mello que morreu atropelado em São Vicente?

Cantor e compositor, Mello se apresentava em festas, casamentos, bares e eventos corporativos em São Paulo. Era a voz do grupo ‘Pagode do Adalto’, famoso na Baixada Santista com músicas de pagode e samba.

Adalto, que chegou a participar do programa ‘VTV da Gente’ da VTV, afiliada do SBT, no ano de 2018, tinha mais de 20 anos de experiência na música, pois começou antes de completar 18 anos em meados de 2000.

“Desde quando me entendo por gente, desde criança, eu já toco pagode e samba. Meu pai e minha mãe sempre curtiram música. Meu pai era de escola de Samba de Santos. Meu primo tocava em grupo de pagode”, disse o cantor em entrevista à VTV/SBT.

Nas redes sociais, Adalto compartilhava momentos de trabalho e lazer ao lado da família. Sua última postagem, feita seis dias antes de sua morte, trazia fotos e vídeos comemorando o Natal com amigos e parentes.

A morte de Adalto comoveu a Baixada Santista, sendo lamentada por vários artistas locais, como Filipe Duarte, Vavá e Rafaela Laranja. Informações sobre o velório ainda não foram divulgadas.

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