Foto: Mateus Bonomi / Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende iniciar a reforma ministerial já na próxima semana.
Segundo aliados, a primeira fase das mudanças será dentro do próprio Palácio do Planalto, com ajustes em ministérios ocupados pelo PT, antes de abrir espaço para negociações com partidos do Centrão.
A pressão para que Lula acelere as trocas parte principalmente de sua base. Petistas defendem que a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja anunciada como ministra nos próximos dias.
O destino mais provável para ela é a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo (PT). Outra possibilidade seria o Ministério do Desenvolvimento Social, caso o atual titular, Wellington Dias, retorne ao Senado.
De acordo com apuração do repórter Murilo Fagundes, do SBT News, as mudanças precisam ser feitas já na próxima semana para que Lula possa organizar sua equipe antes de avançar nas conversas com outros partidos.
Com uma agenda cheia de viagens, o presidente quer definir o futuro dos ministros petistas rapidamente para evitar impasses prolongados.
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PSD cobra mais espaço, União Brasil tenta segurar ministério
Após as mudanças no núcleo petista, a reforma deve abrir espaço para o PSD, que se sente subrepresentado no governo.
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O partido de Gilberto Kassab busca ocupar os ministérios do Turismo, hoje chefiado por Celso Sabino (União Brasil), e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
A saída de Alckmin poderia abrir caminho para a nomeação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ou para uma reconfiguração envolvendo Márcio França (PSB), que poderia ser deslocado para o MDIC, liberando a pasta das Pequenas Empresas para um partido do Centrão.
Outra possível novidade é a entrada da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) na Esplanada, assumindo o Ministério da Ciência e Tecnologia. Sua nomeação ampliaria a presença de jovens e mulheres no primeiro escalão.
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Na articulação política, a continuidade de Alexandre Padilha na Secretaria de Relações Institucionais ainda não está garantida. Caso ele seja deslocado para outra função, o MDB pode ganhar mais espaço, com a nomeação de um parlamentar da legenda para o cargo.
Com viagens marcadas para Bahia, Amapá e Pará nos próximos dias, Lula quer definir as mudanças o quanto antes.
A expectativa é que os primeiros anúncios sejam feitos já na próxima semana, garantindo um cenário mais organizado para as próximas etapas da reforma ministerial.