Artur Nogueira recebeu galões de água da Força Aérea que iriam para o Rio Grande do Sul. A cidade passa por uma crise hídrica severa, decretada no último dia 28 de junho. O volume da represa que abastece o município está com somente 15% da capacidade.
Com a normalização da situação no Sul após as enchentes que paralisaram o estado por um mês, a doação foi repassada para Artur Nogueira, que enfrenta racionamento desde o início de julho, quando a represa ainda estava em 40%.
A Prefeitura de Artur Nogueira, em parceria com a Força Aérea de Pirassununga vai distribuir 300 paletes com galões de água a escolas e centros de saúde com o objetivo de impedir o colapso e o desabastecimento dos serviços essenciais.
Em nota, o Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean) informou que essa medida é “essencial para garantir o funcionamento normal das atividades escolares, mesmo em tempos de escassez”.
“Na primeira fase, a água será distribuída para escolas municipais e estaduais, assegurando que alunos e profissionais tenham acesso ao recurso para a merenda escolar e consumo diário”, diz o texto do Saean.
O Saean disse ainda que a crise hídrica que afeta Artur Nogueira é mais severa do que a de 2014, pois reduziu muito o nível do reservatório Cotrins, que abastece o município, impedindo que a ETA 2 possa auxiliar a ETA 3 de maneira eficiente.
A prefeitura informou também que garantiram um investimento de R$6 milhões junto ao Governo de Estado para a construção de uma nova adutora. Esta adutora vai captar água do córrego Poquinha e a direcionará para a Estação de Tratamento de Água (ETA) III, ajudando a mitigar os problemas atuais e fortalecendo o abastecimento da cidade.
A administração municipal afirmou que realiza, constantemente, ações para tentar reduzir os impactos da crise. Segundo a prefeitura, nos próximos dias o desassoreamento da represa Cotrins vai ser feito.
O Saean afirmou que alugou uma estação de tratamento de água temporária e está usando caminhões-pipa para assegurar o abastecimento dos bairros que ficam em áreas mais altas. Os poços disponíveis foram ativados, e houve limpeza e desassoreamento do leito do Cotrins.
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Crise hídrica
Há um mês, a cidade decretou estado de crise hídrica, que previa 4 etapas de medidas de contingência em caso de diminuição do nível da represa.
- Nível 1: represa em 60% – decretar estado de alerta;
- Nível 2: represa em 50% – suspensão de licenças de servidores do DAEE;
- Nível 3: represa em 40% – racionamento (situação atual);
- Nível 4: suspensão de água para indústrias e zona rural.
Segundo o Saean, medidas foram adotadas para reduzir os efeitos da crise: manutenção dos filtros da ETA 3, aluguel de uma estação de tratamento de água temporária, aquisição de caminhões-pipa para abastecer áreas mais altas, construção de um novo reservatório com capacidade de 5 milhões de litros, ativação de todos os poços disponíveis e limpeza do leito do Cotrins.