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Novo sistema de laser começa a ser usado na Rede Mário Gatti

Hospital Mário Gatti é o primeiro do SUS da região a utilizar a tecnologia; cirurgia pode ser feita com anestesia geral ou raquidiana

A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar passou a utilizar nesta sexta-feira (16/08) um novo sistema de laser de alta potência no tratamento da litíase renal (cálculos renais) e enucleação de próstata. O sistema, denominado Fiber Dust, utiliza laser de fibra de thulim e pulveriza a pedra em vez de destruí-la em partículas, como ocorre nos métodos tradicionais.

O Mário Gatti é o primeiro hospital do Sistema Único de Saúde (SUS) da região de Campinas a utilizar a tecnologia, afirma o coordenador do Serviço de Urologia da Rede, Fábio Thadeu Ferreira.

Dois pacientes passaram pelo procedimento nesta sexta-feira, no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. A cirurgia pode ser feita com anestesia geral ou raquidiana e consiste na inserção de um endoscópio na uretra do paciente, que segue em direção ao ureter até identificar a localização do cálculo. A partir daí, o cálculo é fragmentado com laser.

O novo equipamento, segundo o coordenador, traz tecnologia que permite tratar o cálculo renal de forma minimamente invasiva e redução de 50% no tempo cirúrgico em relação ao habitual. “Outra vantagem é poder fragmentar pedras mais volumosas e duras em menor tempo cirúrgico”, informa.

O investimento na aquisição do equipamento foi de R$ 914,7 mil, em recursos de emenda impositiva do vereador Paulo Haddad.

Usos

Esse laser permite diferentes aplicações além do tratamento do cálculo renal. É possível ser utilizado para realizar a chamada enucleação prostática no tratamento da hiperplasia prostática benigna, comum em homens mais velhos. É um procedimento cirúrgico que remove o tecido prostático que obstrui a uretra, sem afetar a cápsula externa da próstata.

Também pode ser utilizado para ressecção e incisão precisas em tecidos moles, o que requer energias de baixa a média potência, como em tumores de bexiga, além de estenoses.

Incidência

A Sociedade Brasileira de Urologia estima que até 10% da população sofrerão algum sinal ou sintoma decorrente da presença de cálculo, com maior prevalência entre adultos jovens (20 a 35 anos) e mais frequente em homens. Cerca de metade dessas pessoas, segundo a SBU, terão um novo episódio ao longo dos 10 anos seguintes e por isso a prevenção é importante.

A cólica renal, segundo o urologista Fábio Thadeu Ferreira, é responsável por 5% dos atendimentos no pronto-socorro do Hospital Mário Gatti. Como forma de prevenção à formação do cálculo renal, ele recomenda beber muita água durante o dia e reduzir a ingestão de sal e de proteína animal.

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