O pai de uma aluna que agrediu uma adolescente de 14 anos que brigava com a filha dele a golpes de capacete e pontapés, se apresentou à polícia no 3º DP de Limeira, na tarde desta quinta-feira (13/06), para prestar depoimento. Clayton júnior Soares, de 36 anos, é pedreiro e disse estar arrependido do que fez.
“Eu sei que eu fui errado, mas na hora a gente fica cego, o sangue sobe e a gente… só vai pensar depois que a burrada foi feita”, disse. Clayton também afirmou que foi agredido por um parente da vítima na parte da manhã.
O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (12/06) na saída da Escola Estadual Luigino Burigotto. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima de 14 anos, e que estuda no sétimo ano, teria elogiado um menino que a filha do agressor, que está no sexto ano, gosta. Na saída da escola, as duas iniciaram a discussão e estavam puxando o cabelo uma da outra, quando o pai da menina mais nova chegou. Com o capacete na mão, desferiu vários golpes contra a menor, que caiu no chão. Depois disso, ele continuou agredindo a jovem com pontapés. (veja no vídeo abaixo)
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Após as agressões, Clayton fugiu do local. A adolescente desmaiou e foi socorrida na Santa casa de Limeira. Os pais da jovem foram avisados pela direção da escola e no hospital a família foi orientada pelo conselho tutelar a fazer o boletim de ocorrência. A adolescente passou a noite no hospital em observação.
Segundo a polícia, Clayton responderá em liberdade por lesão corporal.
Vítima diz que está com medo de sair de casa e cita “terror”
Em um aúdio que circula pelo Whatsapp, a jovem que foi agredida relata o acontecido.
“A gente tava discutindo e partimos pra agressão. Ele chegou e partiu pra agressão também. Por mais que eu esteja errada, ele é pai ele tinha que separar. Mas ele não chegou separando, chegou na capacetada. Ele também está errado”, afirma.
A adolescente também revela que está com medo de sair na rua.
“Tô em choque, com medo de sair na rua, dele tentar me matar. Porque ele quase me matou né? Ele me batia e dizia que ia me matar. Terror, medo”, conclui.
*Colaborou para a reportagem Rodrigo Lima