Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A guerra entre o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) tomou um caminho ainda mais sério neste domingo (1º).
Musk acusa Moraes de “falso juiz” e de que ele teria interferido nas eleições presidenciais de 2022, onde Luís Inácio Lula da Silva (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL). Em sua mais nova postagem no X, o bilionário ainda afirmou que ex-funcionários do Twitter foram cúmplices do ministro.
“Há evidências crescentes de que o falso juiz Alexandre se envolveu em séria, repetida e deliberada interferência eleitoral nas últimas eleições presidenciais do Brasil. Pela lei brasileira, isso significaria até 20 anos de prisão. E lamento dizer que parece que alguns ex-funcionários do Twitter foram cúmplices. Qualquer pessoa com exemplos ou evidências nesse sentido, responda a esta postagem”, escreveu Elon Musk.
Questionado, o Supremo Tribunal Federal ainda não respondeu sobre as acusações.
STF decide nesta segunda-feira se confirma ou não bloqueio do X no Brasil
Após suspensão do X e as acusações crescentes de Musk, Alexandre de Moraes convocou para esta segunda-feira (2) uma sessão extraordinária com outros juízes da corte para discutir se mantém o X suspenso ou não.
Moraes é presidente da Primeira Turma do STF, formada pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A sessão da Primeira Turma fará o julgamento de decisão individual anunciada na sexta-feira (30) por Moraes de tirar do ar a rede social no país.
Em termos práticos, uma decisão tomada por um conjunto de juízes tem mais força do que uma decisão individual.
A sessão extraordinária desta segunda-feira será virtual e ficará aberta da meia noite até as 23h59 deste dia 2. Os juízes da Primeira Turma do STF terão esse tempo para enviarem os votos de cada um para o sistema eletrônico do tribunal.