No dia 10 de setembro, comemoramos uma das datas mais doces do calendário: o Dia do Brigadeiro! Essa sobremesa é um verdadeiro símbolo da culinária brasileira e conquista corações por onde passa.
Na vida de Andréia Castro, o doce chegou com um sabor de esperança. Após ter sofrido com a falência de um empreendimento, a chefe de cozinha viu no brigadeiro uma nova chance de negócio. “Eu estava muito triste, e um dia, quando fui dormir, Deus me deu um sonho mostrando um carrinho de madeira escrito ‘A vida é muito curta para enrolar, coma de colher’. Quando acordei assustada, fiquei surpreendida”, contou a empreendedora.
Após uma trajetória de reviravoltas, o empreendimento da Andréia conta com 15 carrinhos e já participou de mais de 4 mil eventos. O grande diferencial é trazer para a receita sabores que jamais foram vistos em forma de brigadeiro, como brigadeiros de cachaça, bala e banana.
A Estação Brigadeiria é, atualmente, uma referência no segmento na região da Baixada Santista, atendendo a eventos corporativos e festas com mais de 30 sabores. Segundo Andréia, o projeto foi criado com muito amor e carinho.
Rita Martins, professora universitária e cliente de Andréia, conta que o brigadeiro é um símbolo de aconchego para ela e gosta de comer todos os dias. “O brigadeiro, para mim, é um doce que me remete a boas lembranças da infância. É aquele momento em que você chega em casa e faz um brigadeiro de colher em um dia chuvoso, mas também é festivo, ele está em todos os lugares”, conclui a professora.
10 de setembro
Em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil estava passando por eleições presidenciais, e uma doceira, Heloísa Nabuco, criou o doce em homenagem a um dos candidatos: o Brigadeiro Eduardo Gomes, seu preferido. Ele possuía grande apoio feminino, e sempre eram feitas reuniões e campanhas voluntárias em busca de trazer mais votos para Eduardo. A princípio, os brigadeiros eram vendidos para arrecadar fundos para a propaganda eleitoral do candidato, mas foram se popularizando nas reuniões e até eram distribuídos nas ruas durante a campanha.
Um detalhe importante é que a receita original é utilizada até hoje: manteiga, leite condensado e chocolate em pó. Coincidentemente, na época, a comercialização do leite condensado havia começado, pois, por se tratar de um período pós-guerra, não era muito fácil encontrar leite fresco.
No fim, o Brigadeiro Eduardo Gomes não venceu as eleições, mas o doce ficou e, por alguns anos, foi chamado de “docinho do Brigadeiro”. Hoje, o brigadeiro é uma das iguarias mais amadas, famosas e consumidas no país, e acabou servindo de inspiração para outros doces.