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“Nem cachorro se coloca dentro do banheiro” diz mãe ao ver filha em UPA

Secretaria de Saúde de Piracicaba informou, por meio de nota, que não houve falhas ou negligências durante o atendimento

Uma mãe gravou um vídeo revoltada após ver a filha supostamente internada dentro de um banheiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Rezende, em Piracicaba.

O vídeo, que está sendo divulgado nas redes sociais desde a noite desta terça-feira (17), mostra uma mulher gritando na recepção da unidade, alegando que a filha, de 18 anos, estaria internada no banheiro com uma sonda e sentindo falta de ar. Aos gritos, a mãe exige que os responsáveis retirem a jovem do local: “Nem cachorro se coloca dentro de banheiro”, afirma. (veja o vídeo)

A Secretaria de Saúde de Piracicaba informou, por meio de nota, que não houve falhas ou negligências durante o atendimento. Segundo a pasta, a jovem deu entrada no Pronto-Socorro com dor abdominal. Foram realizados raio-X, coleta de exames e oferecida medicação à paciente. Após análise do caso, foi apontada a suspeita de oclusão intestinal (interferência no intestino que impede que alimentos, líquidos, secreções digestivas e gases sigam seu trajeto habitual). Desta forma, foi realizado o procedimento para a colocação de uma sonda nasogástrica, e, em seguida, foi autorizada pela paciente a realização do clister (colocação de um pequeno tubo pelo ânus, no qual é introduzida água ou algum outro líquido com o objetivo de lavar o intestino).

O procedimento, que tem duração de 3 horas, foi iniciado às 18h, dentro de um dos sanitários da unidade, para garantir a privacidade da paciente e permitir que ela pudesse se higienizar durante o procedimento. Após a conclusão do tratamento, a paciente seria encaminhada para um quarto e, posteriormente, para atendimento hospitalar.

Quase duas horas após o início do procedimento, a mãe da paciente adentrou a unidade e questionou o motivo de a filha estar no sanitário. A equipe médica e de enfermagem fez todos os esclarecimentos à mãe, porém ela se alterou, gritando e desacatando os servidores da unidade, além de retirar a filha do local, sem a conclusão do procedimento e sem alta médica. A mãe ainda solicitou à equipe que procedesse com a retirada do acesso venoso e da sonda, sendo a paciente retirada da unidade.

Ainda segundo a nota, a Secretaria de Saúde informou que lamenta o ocorrido, principalmente pelo fato de a mãe da paciente não entender a gravidade da situação e todo o trabalho das equipes em preservar a privacidade no atendimento. A secretaria explicou que as Unidades de Pronto Atendimento não têm estrutura hospitalar que garanta privacidade à paciente, e que as UPAs se destinam à estabilização do paciente e posterior internação em hospital. Contudo, a paciente perdeu a vaga de internação após deixar a unidade.


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