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Empresário investigado por lavagem de dinheiro é filiado ao PT desde 1997

Caetano Flavio Jardim Durigon é membro do Partido dos Trabalhadores e teve dinheiro apreendido nesta quinta-feira (3)

O empresário Caetano Flavio Jardim Durigon, de 43 anos, é investigado pela Polícia Civil pelos crimes de lavagem de dinheiro e associção criminosa. Nesta quinta-feira (3), foram encontrados dentro do carro dele R$ 255 mil em dinheiro e materiais de campanha de Pedro Tourinho (PT), candidato a prefeito de Campinas.

Caetano Flavio Jardim Durigon é dono de uma empresa de eventos e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde o dia 4 de abril de 1997. A apuração do Portal VTV News teve acesso à filiação partidária através do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde consta a certidão.

Apesar de negar envolvimento com a campanha atual de Pedro Tourinho e apenas prestar serviços, o empresário está devidamente registrado como membro do PT, mesmo partido do candidato.

A empresa do suspeito está registrada no TSE como prestadora de serviços para Pedro Tourinho. A Flavio Jardim Produções recebeu R$160.175,00 para realizar publicidade por carros de som.

A Polícia Civil investiga a origem do dinheiro e a possível ligação com o crime organizado. A polícia não descarta que o valor apreendido possa estar relacionado a esquemas de lavagem de dinheiro ou financiamento de campanhas políticas.

O dinheiro foi apreendido após o empresário foi abordado na Rodovia Anhanguera quando dirgia uma caminhonete Fiat Strada. Dentro dela, tinha bandeiras alusivas ao candidato Pedro Tourinho, segundo a Polícia Civil. Caetano foi levado à delegacia para prestar depoimento e, em seguida, foi liberado.

Veja também:

Material de campanha de Tourinho é apreendido com suspeito de lavagem de dinheiro

OUTRO LADO

A reportagem da VTV News entrou em contato com o advogado de defesa, Dr. Cardela, e questionou a filiação partidária, mas ele disse não ter conhecimento sobre a vinculação. “Uma filiação partidária qualquer um de nós poderíamos ter”, declarou.

“Ele esclareceu toda a procedência do dinheiro no depoimento e deu a justificativa do lastro financeiro. Agora vamos encaminha toda a documentação e nota”, afirma. Cardela critica que seu cliente prestou depoimento sem a presença do advogado.

“Conforme já declarou na Polícia, ele presta serviços em virtude da origem desse dinheiro para uma série de outras entidades, tanto públicas quanto privadas. Ele cita a prefeitura de Campinas, Itupeva. Três, quatro ou cinco órgãos, além da atuação dele privada, considerando que ele estava com a conta bloqueada e o valor em espécie”, disse Cardela.

O advogado de defesa diz que a busca pessoal foi ilegal e que “a apreensão do celular dele foi mais ilegal ainda”. “Não há justificada alguma para apreender o celular. Não tem uma ordem judicial. Não tinha suspeita efetiva de prática de crime”, criticou.

O que diz a campanha de Pedro Tourinho?

A Coligação Mudança de Verdade responsável pela campanha de Tourinho emitiu uma nota, dizendo que ficou informada sobre o caso através da imprensa.

“O representante da empresa Flavio Jardim produtora de eventos é fornecedor da Prefeitura de Campinas e também fornecedor da campanha eleitoral. No que se refere a campanha, tudo devidamente declarado, com emissão de nota fiscal e publicação na prestação de contas junto à Justiça Eleitoral. A própria nota oficial do departamento de polícia, Deinter 2, não faz qualquer relação com campanha partidária ou partido político”, divulgou.

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