No último dia 30 de setembro, uma embarcação afundou na região, conhecida como ‘Garganta do Diabo’ que fica entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente.
A lancha que havia sido utilizada para uma festa marítima, afundou nas águas agitadas da região. No total, sete pessoas estavam na embarcação, cinco foram resgatadas e duas desapareceram.
Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, e Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, foram encontradas mortas dias depois pela equipe do Corpo de Bombeiros. Os familiares reconheceram o corpo das vítimas no IML.
Vale destacar que até o momento a embarcação não foi encontrada.
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Perigos
Não é a primeira vez que acontece um acidente na ‘Garganta do Diabo’. O tenente PM Duarte, do Corpo de Bombeiros, explica que existe uma forte correnteza na região. “Quando entram as ondulações mais elevadas toda a ‘Garganta do Diabo’ fica fechada com ondas que podem chegar até 4 metros de altura”, citou o bombeiro.
O tenente salientou que a ‘Garganta do Diabo’ traz perigos para navergação, sobretudo na parte noturna, quando justamente aconteceu o acidente fatal no mês passado. “Como você não tem visão, por conta da escuridão e a referência é a faixa de areia, as pessoas que estão no controle das embarcações podem não perceber os perigos”, ressaltou.
Por fim, o tenente ressaltou que para qualquer passeio com embarcações é fundamental ter um colete salva-vidas para cada indíviduo. “As pessoas acabam alugando as lanchas e não prestam atenção neste detalhe”, finalizou.
O nome
Uma grande curiosidade da ‘Garganta do Diabo’ é o seu nome. O historiador Marcos Braga ressalta que existem duas interpretações. “A primeira é que se você pegar o mapa, olhando por cima, a entrada da barra parece a garganta, a Baia de São Vicente seria a cabeça e a parte que vai até a Ponte Pênsil seria o chifre do diabo”, explicou o historiador.
Já a segunda é por conta do perigo do local. “É uma região de correnteza, com ondas fortes, tem pessoas que não conseguem sair com a embarcação. Isso acontece desde a época da colonização de São Vicente”, detalhou Marcos Braga.