A morte de Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, durante uma ressonância magnética na última terça-feira (22), em Santos, continua sendo um mistério para sua família e amigos. A esposa, Sabrina Altenburg Penna, de 44 anos, descreveu em entrevista ao Portal VTV News o desespero vivido no dia e a angústia de não saber o que realmente causou a morte do marido.
“É assustador, sabe? Você perder assim. Ele era meu porto seguro, meu marido”, lamentou Sabrina. A comerciante relatou que Fábio realizou o exame na cabeça por indicação médica, devido a constantes episódios de sono excessivo. No entanto, o que era para ser um procedimento de rotina terminou em tragédia. “Eu tô aqui, eu tenho 44 anos, eu tenho duas filhas e a minha sogra pra cuidar. Eu tô muito assustada, muito arrasada. Eu perdi meu chão”
Segundo Sabrina, após o ocorrido, uma médica da clínica informou que Fábio teria sofrido um infarto fulminante. No entanto, um laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) classificou a morte como “suspeita”, o que levou a família a solicitar uma investigação mais aprofundada. O caso está sendo investigado pelo 2º DP (Distrito Policial) de Santos e o Instituto Médico Legal (IML) ainda está analisando os laudos.
A esposa de Fábio relembrou os momentos de desespero ao presenciar a tentativa de reanimação do marido. “Os médicos do SAMU entraram, colocaram ele para baixo e a pessoa saiu. Rasgaram a blusa dele e começaram a agir”, comenta.
A lembrança da cena a deixou profundamente abalada.
Sabrina destacou a personalidade alegre e amável de Fábio.
“O Fábio era uma pessoa única, alegre, sempre festeiro, gostava da casa cheia, tanto é que no final de semana anterior a família de São Paulo tinha descido aqui para visitar a gente, eu tenho as fotos, já estávamos combinando festa, Natal, Ano Novo, ele sempre amou essa época do ano.” – Sabrina Altenburg Penna
A família e os amigos descrevem o empresário como um homem de bom coração, sempre disposto a ajudar o próximo.
A perda de Fábio deixou um vazio imenso na vida de Sabrina e de suas duas filhas. A mais nova, de apenas 6 anos, ainda não compreende a ausência do pai e questiona sobre ele.
“Eu tento explicar para as minhas filhas, a de 14 anos tem mais entendimento. Mas esses dias a pequenininha de 6 anos me perguntou ‘O telefone do papai estava aqui, vamos ligar para ele?'”, contou a mãe emocionada.
A família busca por respostas e justiça, enquanto lida com a dor da perda. A comunidade de Santos se solidariza com Sabrina e suas filhas neste momento difícil.