A Polícia Federal prendeu, neste sábado (14), o general Braga Netto, ex-vice de Jair Bolsonaro na chapa de 2022. A ação ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante o cumprimento de mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em face do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, foram expedidos três mandados, sendo um de prisão preventiva e dois de busca e apreensão. Os agentes ainda cumprem uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a investigação durante a instrução processual penal. Segundo a Polícia Federal, as medidas visam “evitar a reiteração das ações ilícitas”.
Braga Netto foi indiciado pela Polícia Federal em novembro deste ano por tentativa de golpe de Estado em 2022, ao lado de Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid. Na lista, que conta com 37 nomes, também estão ex-ministros do governo Bolsonaro e militares. Todos são acusados pelos crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Organização criminosa.
No caso de Braga Netto, as investigações apontaram que o general era integrante do “Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado” e do “Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas”.
Além disso, ele teria sido convidado para uma reunião com militares das Forças Especiais do Exército (os chamados “kids pretos”) em que se discutiria os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do STF – planejados para o dia 15 de dezembro de 2022.
A reportagem apurou que Braga Netto repassou dinheiro vivo aos kids pretos para executar o plano de assassinato. Ele também tentou obter dados sigilosos da delação de Cid, bem como controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados.
*Do SBT News